Lista com 31 atividades de Língua Portuguesa sobre Interpretação de Textos para o 7º Ano do Ensino Fundamental com Gabarito!
O texto abaixo é uma lenda sobre o umbu. Nele há espaços para completar. Preencha os espaços com as palavras abaixo:
Satisfez – disse – resolveu – chegou – respondeu – perguntou – explicou
ATENÇÃO!!! O Gabarito encontra-se no final da página!!!
A lenda do umbu
No princípio, as árvores eram todas iguais. Mas um dia Deus estava muito contente, porque os diabos e os homens tinham sido derrotados, e ————— comemorar isso satisfazendo a vontade das árvores.
—————– para a coronilha o que é que ela queria.
Ela —————– que queria ser tão dura a ponto de resistir aos golpes do machado. Perguntou para o molho. Ele —————— que queria assoviar. Perguntou para a figueira do campo. Ela disse que queria ser forte, muito alta, muito bonita.
E assim Deus foi satisfazendo o pedido de todas as árvores.
Quando —————– a vez do umbu, este disse que queria ter o corpo muito fraco, como madeira à- toa, mas, se fosse possível, queria ser grande, para dar bastante sombra aos homens.
Deus ————– a vontade dele, igualmente, mas antes perguntou por que queria ter madeira fraca e mole, enquanto todas as árvores queriam ser fortes e duras como a coronilha. Então o umbu ————- que queria que a sua madeira pudesse servir, algum dia, para cruz e sacrifício de um santo. E desde aí o umbu é assim.
Henriqueta Lisboa
Trabalhando o Texto:
Questão 01. Que estratégia, isto é, que ação, você utilizou para completar os espaços, de maneira a deixar o texto com sentido?
Questão 02. As palavras que foram encaixadas no texto são nomes, características, ações ou qualidades?
Questão 03. De acordo com o segundo parágrafo do texto, qual foi a atitude de Deus?
Questão 04. O que fez a coronilha? Respondeu que queria ser tão dura a ponto de resistir aos golpes do machado.
Questão 05. Você acha que perguntar e responder podem ser considerados como ações?
Questão 06. Construa frases com ações, que já acontecera ou que vão acontecer..
Mario Quintana
Família desencontrada
O Verão é um senhor gordo, sentado na varanda, suando em bicas
e reclamando cerveja.
O Outono é um tio solteirão que mora lá em cima no sótão
e a toda hora protesta aos gritos: “Que barulho é este na escada?!”
O Inverno é um vovozinho trêmulo, com a boina enterrada até os olhos,
a manta enrolada nos queixos e sempre resmungando:
“Eu não passo deste agosto, eu não passo deste agosto…”
A Primavera, em contrapartida – é ela quem salva a honra da família! –
é uma menininha pulando na corda cabelos ao vento
pulando e cantando debaixo da chuva
curtindo o frescor da chuva que desce do céu
o cheiro de terra que sobe do chão
o tapa do vento na cara molhada!
Oh! A alegria do vento desgrenhando as árvores
revirando os pobres guarda-chuvas
erguendo saias!
A alegria da chuva a cantar nas vidraças
sob as vaias do vento…
Enquanto
– desafiando o vento, a chuva, desafiando tudo –
no meio da praça a menininha canta
a alegria da vida!
Mario Quintana – Lili inventa o mundo”, Ed. Mercado Aberto, Porto Alegre, 5ª Edição,1998.
Trabalhando o poema:
Questão 07. No poema, estão presentes as quatro estações do ano. Na região onde você mora estas estações são bem definidas? Explique.
Questão 08. No poema, as estações do ano tem características humanas. Quais são essas características?
Questão 09. Por que será que o autor utilizou características humanas para falar sobre as estações do ano?
Questão 10. De acordo com o poema, o que significa cada uma das estações do ano?
Questão 11. Quais são as ações presentes no texto que representam a juventude e a alegria da personagem primavera?
Questão 12. Ao final do poema, afirma-se que a primavera desafia o vento e a chuva. Para você o que significa essa afirmação?
Questão 13. Qual é o possível significado para o título do poema?
Exercícios sobre Interpretação de Textos para o 7° Ano do Ensino Fundamental:
Antigamente
(Carlos Drummond de Andrade)
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levavam tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em outra freguesia. As pessoas, quando corriam, antigamente, era para tirar o pai da forca e não caíam de cavalo magro. Algumas jogavam verde para colher maduro, e sabiam com quantos paus se faz uma canoa. O que não impedia que, nesse entrementes, esse ou aquele embarcasse em canoa furada. Encontravam alguém que lhes passasse a manta e azulava, dando às de vila-Diogo. Os mais idosos, depois da janta, faziam o quilo, saindo para tomar fresca; e também tomavam cautela de não apanhar sereno. Os mais jovens, esses iam ao animatógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, chupando balas de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de pouco siso, se metiam em camisa de onze varas, e até em calças pardas; não admira que dessem com os burros n’água.
Questão 14. Sobre o título do texto é correto afirmar que:
a) “Antigamente” se refere ao tempo em que o autor estudava.
b) “Antigamente” se refere às expressões linguísticas utilizadas na crônica e que eram utilizadas em outra época.
c) “Antigamente” se refere às lembranças da infância do autor.
d) “Antigamente” é usado para criar uma contradição, já que o texto trata de situações bem atuais.
e) “Antigamente” foi usado para confundir o leitor, já que o autor trata de temas atuais.
Questão 15. A expressão “arrastando a asa” presente na 3ª linha do texto pode ser substituída, sem que haja prejuízo de seu sentido, por:
a) Defendendo
b) Ofendendo
c) Questionando
d) Procurando
e) Paquerando
Questão 16. Assinale a única alternativa que apresenta erro na divisão silábica:
a) En-xá-guam
b) Ab-di-car
c) Di-g-no
d) Pás-sa-ros
e) Cir-cui-to
Questão 17. No trecho “…não admira que dessem com os burros n’água” que aparece na última linha da crônica, pode ser reescrita, sem que haja prejuízo de seu sentido, de várias formas. A única alternativa que compromete seu sentido é:
a) Não admira que sempre fossem prejudicados.
b) Não admira que sempre levassem a pior.
c) Não admira que sempre se dessem mal
d) Não admira que sempre obtivessem sucesso.
e) Não admira que nunca obtivessem êxito.
Questão 18. “Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito.” A palavra em destaque, no texto, está substituindo:
a) Não
b) Faziam
c) Anos
d) Idade
e) Moças
Questão 19. A partir das frases abaixo, podemos dizer que a única alternativa correta é:
I. Ela é uma menina discreta.
II. Os ladrões foram presos em fragrante.
III. O xeque foi devolvido por falta de fundos.
a) I e III estão corretas
b) Apenas a I está correta.
c) II e III estão corretas.
d) Apenas a III está errada.
e) Apenas a II está errada.
Observe:
_ Alô!
_ Alô?
_ Quem fala?
_ Sou eu!
Questão 20. Este diálogo é exemplo de:
a) Discurso Indireto
b) Discurso Indireto Livre
c) Discurso Direto
d) Discurso Direto Livre
e) Discurso Direto e Indireto
Trem de ferro
Café com pão
Café com pão
Café com pão
Virge Maria que foi isso maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô…
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô…
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô…
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra mata minha sede
Oô…
Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no sertão
Sou de Ouricuri
Oô…
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente…
Trabalhando o Poema:
Questão 21. A que gênero esse texto pertence? Justifique sua resposta.
Questão 22. O que ocorre com o ritmo do poema na primeira estrofe?
Questão 23. O que acontece no quarto verso? O ritmo acompanha o conteúdo?
Questão 24. O que você nota quanto aos versos?
Questão 25. Quantas estrofes há no poema?
Questão 26. Quais consoantes de quarta e da quinta estrofes se repetem? Qual é o efeito que essa repetição produz?
Exercícios sobre Interpretação de Textos para o 7° Ano do Ensino Fundamental:
O CÂNTICO DA TERRA
Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.
Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranquila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e
Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.
A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado
O berço pequenino de te
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.
E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno do teu seio
tranquilo dormirás.
Plantemos a roça.
Lavremos a gleba.
Cuidemos do ninho,
do gado e da tulha
Fartura teremos
e donos de sítio
felizes seremos.
Cora Coralina
Questão 27. A associação entre terra e mulher é expressa no verso
A) “Sou a espiga generosa de teu gado”
B) “Sou o chão que se prende
C) “Sou a razão de tua vida”
D) “Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor”
Questão 28. A religiosidade do poema é revelada no verso
A) “A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.”
B) “De mim vieste pela mão do Criado
C) “Eu sou a grande Mãe Universal.”
D) “Sou a telha da coberta de teu lar.”
Questão 29. O texto “O cântico da terra” pode ser considerado um poema porque os.
A) organiza-se em estrofes com o mesmo número de versos
B) explora a sonoridade e o duplo sentido das palavras
C) apresenta rima no final de todos os verso
D) utiliza expressões da linguagem formal
Questão 30. Na quinta estrofe, o poema refere-se .
A) ao reencontro com o amor
B) ao retorno do viajante
C) à morte do lavrador.
D) à volta aos braços da mãe.
Questão 31. O texto é um poema que canta
A) o exílio do poeta.
B) a criação do mundo.
C) a origem da vida.
D) a infância do lavrador.
01. A estratégia utilizada foi a de observar se a palavra estava de acordo com a frase, de modo a completar o seu sentido.
02. São ações.
03. Perguntou a coronilha o que ela queria.
04. Respondeu que queria ser tão dura a ponto de resistir aos golpes do machado.
05. Sim, São coisas que Deus e a coronilha fizeram. São, portanto, ações feitas pelas personagens da história.
06. EX: “Perguntou para a figueira do campo.”
07. Ex: Em algumas regiões brasileiras, as estações não são conhecidas como “primavera, verão, outono e inverno”. No nordeste por exemplo, o período de inverno é o das chuvas e o Do verão, o da seca.
08. O verão é um senhor gordo, aparentemente tranquilo e calorento. O outono aparenta ser um senhor solitário e que gosta do silencio. O outono, por ser uma estação mais fria e de modificação, pode ser relacionada ao silencio e a solidão. O verão por ser a época do nascimento, tem a ver com a jovialidade, a esperança e a alegria.
09. Ao aproximar as estações do ano dos seres humanos, o autor anima as personagens, possibilita que as suas características relacionadas à natureza fiquem mais evidentes e claras.
10. Verão- calor e tranquilidade.
Outono- solidão e silêncio.
Inverno-frio e morte.
Primavera- alegria e juventude.
11. Pular corda, pular e cantar debaixo da chuva, o cheiro da terra e o vento no rosto. O poema também sugere que as chuvas da primavera são alegres.
12. Por ser jovem, a primavera não teme os desafios a ela apresentados.
13. O título do põem significa que as estações do ano representam uma família, em que cada um tem a sua personalidade e sua forma de relacionar com o mundo, enxergando o mundo à sua maneira.
14. B;
15. E;
16. C;
17. D;
18. C;
19. B;
20. C;
21. Pertence ao gênero poema. Percebe-se uma grande preocupação do poeta com a sonoridade e com o ritmo Manuel Bandeira escolhe as palavras e as organiza para que o leitor tenha a impressão de que se trata de um trem em movimento.
22. O ritmo do trem é mais lento no início e no final, imitando um trem que começa a se movimentar e depois vai parando, perdendo a velocidade aos poucos.
23. O “trem enrosca” e só então retoma o movimento.
24. Diferentemente das frases dos parágrafos dos textos em prosa, o poema não tem necessidade de ocupar a linha até o final.
25. Sete
26. 4ª estrofe – f e 5ª estrofe principalmente o p. Essa repetição ajuda imitar o barulho da “Maria fumaça”.
27. D;
28. B;
29. B;
30. C;
31. C;
Encontrou um erro nas questões ou no Gabarito? Avise-nos através do email: amdarkbr@gmail.com
Doutorando em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Mestre em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de Biologia e Química – FAEL
Licenciado em Ciências Biologias – IFMT/Campus Juína