Questão 01 com Exercícios sobre a Independência do Brasil: UFPE. A independência do Brasil despertou interesses conflitantes tanto na área econômica quanto na área política. Qual das alternativas apresenta esses conflitos?
a) Os interesses econômicos dos comerciantes portugueses se chocaram com o “liberalismo econômico” praticado pelos brasileiros e subordinado à hegemonia da Inglaterra.
b) A possibilidade de uma sociedade baseada na igualdade e na liberdade levou a jovem nação a abolir a escravidão.
c) As colônias espanholas tornaram-se independentes dentro do mesmo modelo brasileiro: monarquia absolutista.
d) A Guerra da Independência dividiu as províncias brasileiras entre o “partido português” e o “partido brasileiro”, levando as províncias do Grão-Pará, Maranhão, Bahia e Cisplatina a apoiarem, por unanimidade, a independência.
e) Os republicanos, os monarquistas constitucionalistas e os absolutistas lutaram lado a lado pela independência, não deixando que as suas diferenças dificultassem o processo revolucionário.
Questão 02. Unicamp-SP. Exercícios sobre a Independência do Brasil: A respeito da Independência na Bahia, o historiador João José Reis afirmou o seguinte:
Os escravos não testemunharam passivamente a Independência. Muitos chegaram a acreditar, às vezes de maneira organizada, que lhes cabia um melhor papel no palco político. Os sinais desse projeto dos negros são claros. Em abril de 1823, dona Maria Bárbara Garcez Pinto informava seu marido em Portugal, em uma pitoresca linguagem: “A crioulada fez requerimentos para serem livres”. Em outras palavras, os escravos negros nascidos no Brasil (crioulos) ousavam pedir, organizadamente, a liberdade!
Adaptado de “O jogo duro do dois de julho: o ‘Partido Negro’ na Independência da Bahia”, in João José Reis e Eduardo Silva. Negociação e conflito. A resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Cia. das Letras, 1988, p. 92.
a) A partir do texto, como se pode questionar o estereótipo do “escravo ignorante”?
b) Identifique dois motivos pelos quais a atuação dos escravos despertava temor entre os senhores.
c) De que maneira esse enunciado problematiza a versão tradicional da independência do Brasil?
Questão 03 com Exercícios sobre a Independência do Brasil: UFSC. O navegador Dupperrey Lesson, que em 1822 estava em Santa Catarina, assim descreveu a reação dos catarinenses à independência do Brasil:
… Cheios de confiança em seus propósitos, os partidários numerosos da independência estavam inspirados com um entusiasmo (…) que seu espírito ardente havia reprimido há longo tempo. No excesso da sua alegria, eles haviam coberto de luzes as vilas de Nossa Senhora do Desterro, de Laguna e de São Francisco, onde percorrendo as ruas entoavam canções em honra de D. Pedro …
DUPERREY, Louis Isidore. “Voyage autour du monde”. In: Ilha de Santa Catarina, relatos de viajantes estrangeiros nos séculos XVIII e XIX. Florianópolis: UFSC, 1984.
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as proposições com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o processo de independência do Brasil.
( ) A declaração de independência do Brasil, feita por D. Pedro I em 1822, foi aceita em Santa Catarina e em todas as demais províncias brasileiras, com grande júbilo.
( ) Segundo o visitante, houve, nas ruas de algumas vilas de Santa Catarina, um conflito entre os partidários da independência (que eram muito numerosos) e os que eram contrários a ela.
( ) De acordo com o autor, os catarinenses de algumas vilas cometeram tamanhos excessos que tiveram de ser reprimidos pelas tropas portuguesas.
( ) Ao contrário do que o autor presenciou em Santa Catarina, em outras províncias, como a da Bahia, Pará e Cisplatina, ocorreram reações desfavoráveis ao ato de D. Pedro.
( ) Segundo o texto, a notícia da independência foi recebida com grande entusiasmo nas vilas de Desterro, Laguna e São Francisco.
( ) Não obstante as reações de alguns portugueses que temiam o fim dos seus privilégios, o governo de Lisboa, forçado pela França, aceitou de pronto o rompimento. Em outubro de 1822 foi assinado o tratado de reconhecimento, havendo grande júbilo em todo o país, como bem atesta Dupperrey Lesson.
Questão 04. UERJ.
Que tardamos? A época é esta: Portugal nos insulta; a América nos convida; a Europa nos contempla; o príncipe nos defende. Cidadãos! Soltai o grito festivo… Viva o Imperador Constitucional do Brasil, o Senhor
D. Pedro I.
Proclamação. Correio Extraordinário do Rio de Janeiro. 21 de setembro de 1822.
Este texto mostra o rompimento total e definitivo com a antiga metrópole como necessário para a construção do Império brasileiro. Nele também está implícito um dos fatores que contribuíram para o processo de construção da independência do Brasil.
Esse fator foi:
a) a ajuda das potências européias em função de seus interesses econômicos.
b) a intransigência das Cortes de Lisboa na aceitação das liberdades brasileiras.
c) o ideal republicano em consonância com o das antigas colônias espanholas.
d) o movimento separatista das províncias do norte em processo de união com Portugal.
Questão 05 com Exercícios sobre a Independência do Brasil: PUC-PR. Portugal resistiu à nossa independência, procurando revertê-la, inclusive pela via das armas. Com respeito à oposição lusitana, quais das alternativas estão corretas?
I. O envio ao Brasil de uma frota que bombardeou o Rio de Janeiro em 1823, sendo rechaçada a seguir.
II. A resistência, na Bahia, das tropas do Brigadeiro Madeira de Melo, até 1823.
III. A busca de apoio militar britânico, por parte de Portugal.
IV. A dissolução da Constituinte de 1823 por D. Pedro, de origem portuguesa, e hostilizado pelos deputados.
V. Resistência militar portuguesa no Maranhão, Pará, Piauí e Cisplatina.
a) I, III e IV.
b) II, III e V.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e V.
e) Apenas III e IV.
Questão 06 com Exercícios sobre a Independência do Brasil: Unicamp-SP. A independência do Brasil, proclamada por Pedro I, foi, para Portugal, um fato gravíssimo porque destruía os alicerces da economia nacional. Ou voltava o Brasil a ser colônia, alimentando a metrópole com suas riquezas, ou tinha-se de organizar a metrópole para a sua auto-suficiência.
O texto anterior, do historiador português Antonio Sérgio, trata do aspecto econômico da independência brasileira, que representou, para a metrópole, o fim definitivo do pacto colonial.
a) Quais eram as bases do pacto colonial?
b) Por que, segundo o texto citado, a independência do Brasil foi um “fato gravíssimo” para a economia portuguesa?
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Gabarito com as respostas dos Exercícios sobre a Independência do Brasil:
01. A;
02. a) Na visão da maioria da elite da época a que se refere o texto, era inconcebível a idéia de que os negros pudessem ser livres e iguais; por isso, a consideração de que as reivindicações dos negros eram descabidas.
b) A eventual liberdade dos negros levaria à ruptura das estruturas vigentes, sobretudo as relações escravistas de trabalho, e era temeroso também o fato de os negros conquistarem a condição de igualdade de direitos.
c) A visão tradicional da independência desconsidera a participação dos negros no processo, enquanto o texto demonstra o contrário.
03. F, F, F, V, V, F;
04. B;
05. D;
06. a) Direito exclusivo da metrópole de explorar a colônia.
b) Porque Portugal necessitava da exploração colonial para recuperar suas finanças, abaladas pelos domínios francês e inglês.
Doutorando em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Mestre em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de Biologia e Química – FAEL
Licenciado em Ciências Biologias – IFMT/Campus Juína