Exercícios sobre Interpretação de Poemas para o 8º Ano com Gabarito

Lista com 14 Exercícios de Língua Portuguesa sobre Interpretação de Poemas para o 8º Ano com Gabarito!

Leia este poema, de Carlos Queiroz Telles e responda as atividades 01, 02 e 03 sobre Interpretação de Poemas para o 8º Ano:

Este corpo que agora me veste
ainda é casca
e casulo
de um outro bicho
que cresce.

Esta capa que me acompanha
desde os tempos
de criança
desce inútil aos meus pés.

Sou a ponte
que me liga.

Sou o gesto
que me une.

Sou o fui
e o serei.
Este tempo
que me guarda
para um outro
amanhecer
é lembrança e
é promessa,
recordação e
esperança,
morte e vida
enoveladas
na meada
das mudanças.
(Sementes de sol. São Paulo: Moderna, 1992. p. 36-7.)

Questão 01. Leia estas afirmações.
I. Quanto às ideias que apresenta, esse texto pode ser dividido em duas partes.

II. A 1ª parte reúne as estrofes 1 e 2 e trata das transformações físicas do eu lírico.

III. A 2ª parte é formada apenas pela última estrofe, que trata da identidade do eu lírico em um momento de mudanças.

IV. Na 1ª parte, o eu lírico compara-se a um animal em transformação.

Com base nessas afirmações, pode-se concluir que
A) apenas a III está correta.
B) III e IV estão corretas.
C) II e III estão corretas.
D) I, II e IV estão corretas.


Questão 02. Na 2ª estrofe, o eu lírico faz referência a uma capa, que “desce inútil” a seus pés, como se ele estivesse se despindo de uma “roupa” que o acompanhara por longo tempo.

De que tipo de roupa ele estaria se desfazendo?
A) Da “roupa” (ou do papel) de criança.
B) Dos sentimentos contraditórios.
C) Das mudanças.
D) Das recordações.


Questão 03. Ao comparar-se a um animal em transformação, na 2ª parte do texto, o eu lírico tenta definir a si mesmo, fazendo uso de linguagem figurada. Nos versos “Sou o fui / e o serei”, os verbos destacados são substantivados.

Que substantivos podem substituir esses verbos sem que haja mudança de sentido?
A) Passado e futuro.
B) Recordação e esperança.
C) Mudanças e lembrança.
D) Tempo e promessa.


Leia os trechos desta música e responda as atividades 04 a 09 sobre Interpretação de Poemas para o 8º Ano:

Correnteza
Tom Jobim

A correnteza do rio vai levando aquela flor
O meu bem já está dormindo
zombando do meu amor
zombando do meu amor

Na barranceira do rio o ingá se debruçou
E a fruta que era madura
a correnteza levou
a correnteza levou
a correnteza levou, ah

E choveu uma semana e eu não vi o meu amor
O barro ficou marcado aonde a boiada passou
Depois da chuva passada céu azul se apresentou
Lá na beira da estrada vem vindo o meu amor
vem vindo o meu amor
vem vindo o meu amor

Ôu dandá, ôu dandá, ôu dandá, ôu dandá

E choveu uma semana e eu não vi o meu amor
O barro ficou marcado aonde a boiada passou

A correnteza do rio vai levando aquela flor
E eu adormeci sorrindo
Sonhando com nosso amor
Sonhando com nosso amor
Sonhando…

Ôu dandá etc…

Questão 04. Releia os versos 1,2,3 e 4 da canção, localize os verbos indicadores de ação que ainda estão acontecendo. Transcreva-os.

Questão 05. Ao narrar os acontecimentos, o eu poético continua a utilizar outros verbos que indicam uma ação incompleta ou prolongada. Quais são eles?

Questão 06. O que há em comum entre os verbos que indicam ação incompleta ou prolongada?

Questão 07. Ao relatar as ações, o eu poético constrói um texto que se parece mais com uma foto ou com um desenrolar de um filme? Por que?

Questão 08. Na canção observamos repetições de versos e expressões. Qual é o efeito dessas repetições ao longo do texto?


Questão 09. Marque a alternativa correta. Pensando sobre as repetições e o uso de verbos que dão ideia de prolongamento da ação, podemos afirmar que:

A) As repetições nunca devem ser usadas, mesmo que se tenha uma intenção poética.
B) A repetição deixa os textos cansativos e, em hipótese alguma, deve ser usada.
C) O uso da repetição e dos verbos com ideia de prolongamento da ação indicam um fato totalmente concluído.
D) No texto, a ideia de movimento se torna mais i, deixando a canção ainda mais emotiva.


Leia o Poema abaixo e responda as atividades 10 a 14 sobre Interpretação de Poemas para o 8º Ano:

CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE

A linguagem
N ponta da língua,
Tão fácil de falar
E de entender.

A linguagem
Na superfície estreladas de letras,
Sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
E vai desmatando
O amazonas de minha ignorância,
Figuras de gramática, esquipáticas,
Atropelam- me, aturdem- me, sequestram-me.

Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.

Questão 10. Numere as colunas de acordo com os sinônimos adequados para a expressão grifada em cada frase.

A) Ai, mordi a ponta da língua!
B) Naquela época, eu sabia as capitais da Europa na ponta da língua.
C) Nós, brasileiros, falamos a língua portuguesa.
D) O motorista irresponsável atropelou a criança e fugiu.
E) Ele estava tão nervoso que as palavras se atropelavam em sua fala.
F) Os juízes determinaram o sequestro dos bens do ex-presidente.
G) Terrorista fanáticos planejaram o sequestro do avião.

( ) confundia -se
( ) idioma
( ) derrubou, passou por cima
( ) Desvio da rota, roubo
( ) apreensão judicial
( ) prontamente
( ) a extremidade da língua, órgão situado na cavidade bucal


Questão 11. Com que o eu poético relaciona a língua português no poema?
A. Trechos de textos de autores famosos.
B. Experiências vividas por ele e que marcaram seu passado.
C. nos sonhos que que fizeram parte de sua infância.


Questão 12. Qual foi a consequência do tipo de estudo ensinado na época, para o eu poético?

Questão 13. Escreva o que você entendeu com o verso: “o amazonas de minha ignorância”.

Questão 14. Quando a língua portuguesa é difícil para o eu poético?



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