20 Atividades sobre Interpretação de Texto para o 7° Ano com Gabarito

Lista com 20 Exercícios de Língua Portuguesa sobre Interpretação de Texto para o 7º Ano do Ensino Fundamental com Gabarito!

O DESEJO (Atividades sobre Interpretação de Texto para o 7° Ano)
“A velhinha tinha uma pequena loja, numa rua de Florença. Exteriormente, sua loja não era nem rica, nem elegante, nem artística. Isso acontece em muitas lojas, na Europa. Mas a velhinha vendia umas blusas tão lindas e originais que mulher nenhuma poderia ficar insensível a seus encantos. E eis que, de repente, me torno possuidora de uma delas. Começava a escurecer. A formosa Florença tornava-se uma cidade de prata. Eu desejava mais uma blusa: quem viaja está sempre pensando em alegrias que, de volta, pode dar aos amigos. Mas a loja ia fechar, a velhinha não negociava com dólares (e pensar que um dia eu tive dólares!): então, separei a segunda blusa, e prometi que na manhã seguinte apareceria com as minhas liras.”
(Cecília Meireles. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro, José Olympio, 1973)

Assinale a única alternativa correta nas questões abaixo:

Atividade 01. Conclui-se o seguinte com respeito à loja:
a) era uma loja de roupas.
b) não havia empregados.
c) a loja era humilde
d) todas as alternativas anteriores
e) nenhuma das alternativas dadas


Atividade 02. Conclui-se o seguinte com respeito à data da viagem:
a) a viagem aconteceu há poucos dias atrás do registro feito pela narradora
b) a viagem aconteceu há poucas semanas atrás do registro feito pela narradora
c) a viagem aconteceu há muito tempo atrás do registro feito pela narradora
d) qualquer uma das alternativas anteriores
e) nenhuma das alternativas dadas


HISTÓRIA ESTRANHA (Atividades sobre Interpretação de Texto para o 7° Ano)
Luis Fernando Verissimo
Um homem vem caminhando por um parque quando de repente se vê com sete anos de idade. Está com quarenta, quarenta e poucos. De repente dá com ele mesmo chutando uma bola perto de um banco onde está a sua babá fazendo tricô. Não tem a menor dúvida que é ele mesmo. Reconhece a sua própria cara, reconhece o banco e a babá. Tem uma vaga lembrança daquela cena. Um dia ele estava jogando bola no parque quando de repente aproximou-se um homem e..
O homem aproxima-se dele mesmo. Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos. Seus olhos se enchem de lágrimas. Sente uma coisa no peito. Que coisa é a vida. Que coisa pior ainda é o tempo. Como eu era inocente. Como os meus olhos eram limpos. O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer. Apenas abraça a si mesmo, longamente. Depois sai caminhando, chorando, sem olhar para trás.
O garoto fica olhando para a sua figura que se afasta. Também se reconheceu. E fica pensando, aborrecido: quando eu tiver quarenta, quarenta e poucos, como eu vou ser sentimental! Comédias para se ler na escola.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p.43

Atividade 03. Observe o seguinte trecho:
“Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombro

[…]”. O pronome “seus” destacado neste trecho se refere:
a) À babá
b) Ao homem
c) Ao menino
d) Ao tempo
e) Ao banco


Atividade 04 com Atividades sobre Interpretação de Texto para o 7° Ano: O texto de Luis Fernando Veríssimo pode ser classificado como:

a) Uma narração
b) Uma dissertação
c) Uma descrição
d) Uma bula de remédio
e) Uma Informação


Atividade 05. No texto, observamos que o próprio personagem é o narrador da história. Qual das opções abaixo pode confirmar essa afirmativa:

a) “Como eu era inocente.”
b) “Sente uma coisa no peito”
c) “Que coisa pior ainda é o tempo.”
d) “O homem tenta dizer alguma coisa, mas não encontra o que dizer.
e) “Ajoelha-se, põe as mãos nos seus ombros e olha nos seus olhos.”


Atividade 06. O garoto se aborrece com o fato de que:

a) Será pobre aos quarenta anos.
b) Será solteiro aos quarenta anos.
c) Será solitário aos quarenta anos.
d) Será sentimental aos quarenta anos.
e) Será desempregado aos quarenta anos.


VISITA (atividades sobre Interpretação de Texto para o 7° Ano)

Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?
Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.
Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?
Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.
GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. Para gostar de ler, 31. São Paulo: Ática, 2001. p. 88-89

Atividade 07. Ao encontrar um inseto quase morto em sua mesa, o homem:

a) colocou-o dentro de um pote de água.
b) escondeu-o para que ninguém o matasse.
c) pingou água sobre sua cabeça.
d) procurou por outros insetos no escritório.


Atividade 08. O homem interessou-se pelo inseto porque:

a) decidiu descansar do trabalho cansativo que realizava no jornal.
b) estranhou a presença de um inseto do mato em plena cidade.
c) percebeu que ele estava fraco e doente por falta de água.
d) resolveu salvar o animal para analisar o funcionamento do seu corpo.


Atividade 09. A mudança na rotina do homem deveu-se:

a) à chegada do inseto na redação do jornal.
b) ao intenso calor daquela tarde de verão.
c) à monotonia do trabalho no escritório.
d) à transferência de local onde estava o inseto.


Atividade 10. Em “Não faça isso com o coitado!”, a palavra sublinhada sugere sentimento de:

a) maldade
b) afeição
c) desprezo
d) esperança


Atividade 11. A presença do inseto na redação do jornal provocou no homem:

a) curiosidade científica.
b) lembranças da infância.
c) medo de pegar uma doença.
d) sensação de espanto.


Atividade 12 com Atividades sobre Interpretação de Texto para o 7° Ano: Com base na leitura do texto, pode-se concluir que a questão central é:

a) a presença inesperada de um inseto do mato na cidade.
b) a saudade dos amigos de infância.
c) a vida agitada da grande cidade.
d) a preocupação com a proteção aos animais.


Infância (Atividades sobre Interpretação de Texto para o 7° Ano:)

Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé
Comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala — e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
Olhando para mim:
—Psiu… Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro… que fundo!
Lá longe meu pai campeava
No mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
Era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
(Andrade, Carlos Drummond de. “A família que me dei”. In Antologia Poética. 13a ed. São Paulo, Abril Cultural, 1982.)

Após a leitura atenta do Texto resolva os itens.

Atividade 13. Em que estrofe ou estrofes do poema Infância, a lembrança do passado é sugerida por meio de sentidos como a visão, o olfato, o paladar e a audição?

a) Apenas na 1ª estrofe.
b) Estrofes 02 e 03.
c) Estrofes 04 e 05.
d) Apenas na 2ª estrofe.


Atividade 14. No texto, há uma predominância do uso das formas verbais no pretérito imperfeito do indicativo. Isso se justifica pela seguinte afirmativa:

a) Por se tratar de ação já concluída.
b) Porque as ações foram realizadas antes de uma ação também ocorrida no passado.
c) Porque o verbo indica uma ação passada que se repetia habitualmente.
d) Por expressar uma incerteza a respeito de fatos ocorridos.


Atividade 15. Qual é a finalidade do uso do travessão na terceira estrofe do poema Infância, de Carlos Drummond de Andrade?

a) Separar uma enumeração.
b) Explicar algo já dito anteriormente.
c) Colocar em destaque uma ideia.
d) Introduzir o discurso direto.


Atividade 16. Marque a alternativa em que há adjetivo empregado no mesmo grau que bonita no verso “Era mais bonita que a de Robinson Crusoé” (verso 21).

a) Meu irmão era menor que eu.
b) O meu pai era o mais velho da fazenda.
c) Minha mãe suspirava mais do que eu.
d) A fazenda do meu pai era maior do que as dos vizinhos.


O DESEJO (Atividades sobre Interpretação de Texto para o 7° Ano:)
“A velhinha tinha uma pequena loja, numa rua de Florença. Exteriormente, sua loja não era nem rica, nem elegante, nem artística. Isso acontece em muitas lojas, na Europa. Mas a velhinha vendia umas blusas tão lindas e originais que mulher nenhuma poderia ficar insensível a seus encantos. E eis que, de repente, me torno possuidora de uma delas. Começava a escurecer. A formosa Florença tornava-se uma cidade de prata. Eu desejava mais uma blusa: quem viaja está sempre pensando em alegrias que, de volta, pode dar aos amigos. Mas a loja ia fechar, a velhinha não negociava com dólares (e pensar que um dia eu tive dólares!): então, separei a segunda blusa, e prometi que na manhã seguinte apareceria com as minhas liras.”
(Cecília Meireles. Seleta em prosa e verso. Rio de Janeiro, José Olympio, 1973)

Assinale a única alternativa correta nas questões abaixo:
Atividade 17. Conclui-se o seguinte com respeito à loja:
a) era uma loja de roupas.
b) não havia empregados.
c) a loja era humilde
d) todas as alternativas anteriores
e) nenhuma das alternativas dadas


Atividade 18. Conclui-se o seguinte com respeito à data da viagem:

a) a viagem aconteceu há poucos dias atrás do registro feito pela narradora
b) a viagem aconteceu há poucas semanas atrás do registro feito pela narradora
c) a viagem aconteceu há muito tempo atrás do registro feito pela narradora
d) qualquer uma das alternativas anteriores
e) nenhuma das alternativas dadas


Xote Ecológico (Luiz Gonzaga)

Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
Se plantar não nasce, se nascer não dá
Até pinga da boa é difícil de encontrar.
Cadê a flor que estava aqui?
Poluição comeu.
E o peixe que é do mar?
Poluição comeu.
E o verde onde que está?
Poluição comeu.
Nem o Chico Mendes sobreviveu.
(Texto disponível em http://www.vagalume.com.br/luiz-gonzaga/xote-ecologico.html)

Atividade 19. Sobre o texto é correto dizer:

a) A “poluição” age contra o bem-estar da natureza, e, por conseguinte, das pessoas.
b) São vítimas da “poluição” apenas a “flor” e o “peixe”.
c) A “poluição” não interfere diretamente na qualidade do ar.
d) Embora a “poluição” incomode em algumas ações do homem, é possível ter uma vida saudável com ela.
e) A poluição não tem relação alguma com a qualidade da alimentação das pessoas.


Atividade 20. Marque a alternativa que melhor traduz o sentimento expresso no texto:

a) Alegria com a atitude dos homens.
b) Medo de acabar a cachaça.
c) Ódio diante do comportamento dos homens.
d) Indignação com a atitude dos homens.
e) Esperança nas atitudes humanas.

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