Questão 01 sobre Verbos: (ENEM – 2002) Narizinho correu os olhos pela assistência. Não podia haver nada mais curioso. Besourinhos de fraque e flores na lapela conversavam com baratinhas de mantilha e miosótis nos cabelos. Abelhas douradas, verdes e azuis, falavam mal das vespas de cintura fina . achando que era exagero usarem coletes tão apertados. Sardinhas aos centos criticavam os cuidados excessivos que as borboletas de toucados de gaze tinham com o pó das suas asas. Mamangavas de ferrões amarrados para não morderem. E canários cantando, e beija-flores beijando flores, e camarões camaronando, e caranguejos caranguejando, tudo que é pequenino e não morde, pequeninando e não mordendo.. LOBATO, Monteiro. Reinações de Narizinho. São Paulo: Brasiliense, 1947.
No último período do trecho, há uma série de verbos no gerúndio que contribuem para caracterizar o ambiente fantástico descrito. Expressões como .”camaronando”, “caranguejando” e “pequeninando” e não “mordendo”. criam, principalmente, efeitos de: a) esvaziamento de sentido. b) monotonia do ambiente. c) estaticidade dos animais. d) interrupção dos movimentos. e) dinamicidade do cenário.
Questões 02. (ENEM – 2003) Eu começaria dizendo que poesia é uma questão de linguagem. A importância do poeta é que ele torna mais viva a linguagem. Carlos Drummond de Andrade escreveu um dos mais belos versos da língua portuguesa com duas palavras comuns: cão e cheirando. Um cão cheirando o futuro (Entrevista com Mário Carvalho. Folha de SP, 24/05/1988. adaptação)
O que deu ao verso de Drummond o caráter de inovador da língua foi: a) o modo raro como foi tratado o “futuro”. b) a referência ao cão como “animal de estimação”. c) a flexão pouco comum do verbo “cheirar” (gerúndio). d) a aproximação não usual do agente citado e a ação de “cheirar”. e) o emprego do artigo indefinido “um” e do artigo definido “o” na mesma frase.
Questões 03 sobre Verbos: (ENEM – 2009)
A linguagem da tirinha revela: a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas. b) o uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua. c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho. d) o uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência. e) a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles.
Questões 04. (UFSCAR) Tu amarás outras mulheres E tu me esquecerás! É tão cruel, mas é a vida. E no entretanto Alguma coisa em ti pertence-me! Em mim alguma coisa és tu. O lado espiritual do nosso amor Nos marcou para sempre. Oh, vem em pensamento nos meus braços! Que eu te afeiçoe e acaricie… (Manuel Bandeira: A Vigília de Hero. In: O RITMO DISSOLUTO. POESIA COMPLETA E PROSA. 2 ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967, p. 224.)
Se usasse a forma de tratamento VOCÊ para designar a segunda pessoa, Manuel Bandeira deveria mudar a flexão de alguns verbos. Esses verbos seriam, sem exceção, os seguintes: a) amar, ser (3º verso), marcar, afeiçoar. b) amar, esquecer, ser (5º verso), vir. c) ser (3º verso), pertencer, marcar, acariciar. d) ser (3º verso), pertencer, afeiçoar, acariciar. e) amar, pertencer, vir, afeiçoar, acariciar.
Questões 05 sobre Verbos: O Menino da Porteira Toda a vez que eu viajava Pela estrada de Ouro Fino, De longe eu avistava A figura de um menino, Que corria abri[r] a porteira Depois vinha me pedindo: – Toque o berrante, seu moço, Que é p’ra mim ficá[ar] ouvindo. ……………………………………….. (Luisinho, Limeira e Zezinha, 1955)
Há certos verbos cujas flexões se desviam do paradigma de sua conjugação. São considerados, por isso, irregulares. Alguns deles são: DAR, ESTAR, FAZER, SER e IR. Na estrofe de “O menino da porteira”, ocorrem verbos dessa natureza.
A alternativa que os contém é: a) “Toda vez que eu viajava” e “‘De longe eu avistava”. b) “De longe eu avistava” e “Que corria abri[r] a porteira”. c) “Que corria abri[r] a porteira” e “-Toque o berrante, seu moço,” d) “Que corria abri[r] a porteira” e “Que é p’ra mim ficá[r] ouvindo.” e) “Depois vinha me pedindo:” e “Que é p’ra mim ficá[r] ouvindo”.
Questões 06. (UERJ) A estrela é o índio Histórias de um Brasil com mais de 500 anos Na contramão do vento que move as comemorações dos 500 anos, uma programação alternativa está deixando de lado a caravela para se embrenhar no Brasil de antes de Cabral. E está dando ao índio lugar de destaque na festa. As atividades incluem encontros com integrantes de tribos variadas, debates e uma exposição com trabalhos do fotógrafo Sebastião Salgado e textos do poeta Thiago de Mello. Desde o início da semana, no FOYER do Centro Cultural Banco do Brasil,crianças de diferentes idades vêm aprendendo história e deixando preconceitos de lado com a ajuda de Thini-á – um índio de 29 anos, da tribo fulni-ô, de Pernambuco que abandonou a aldeia ainda menino após uma invasão de terra em que perdeu vários parentes. Do massacre nasceu o desejo de falar aos pequenos homens brancos – os “filhos da elite”, como dizia – e impedir conflitos futuros. Há três anos Thini-á percorre escolas do Rio ( … ) Fala das tribos e da memória de seus ancestrais, apresenta danças e ritos, mostra arcos, flechas e seduz o público com a fala mansa e um ótimo humor. Agora, como centro dos “500 Anos de Revista das Populações Indígenas no Brasil”, organizado pela Cineduc: Cinema e Educação, ele fala para mais crianças e adultos. “As comemorações dos 500 anos, de certa forma, até expõem a cultura indígena, mas de maneira muito romântica¤. Essa atividade pretende desmistificar isso e deixar uma semente para que o contato com a cultura indígena continue e se torne corriqueiro”, diz Ricardo Paes, coordenador do projeto. (…) (SÁ, Fátima. “Veja”, 22/03/2000.)
O presente do indicativo é um tempo verbal que pode ser empregado com valores diversos. Dos trechos transcritos, aquele em que o emprego do presente do indicativo está corretamente explicado é: a) “… do vento que MOVE as comemorações dos 500 anos…” – atualiza passado histórico b) “FALA das tribos e da memória de seus ancestrais…”- demonstra ação habitual c) “Essa atividade pretende desmistificar isso…” – marca futuro próximo d) “… DIZ Ricardo Paes, coordenador do projeto.”- expressa ação simultânea
Questões 07 sobre Verbos: (Pucpr) “O pai havia partido sem deixar nenhum recado ao filho, o que deixou sua mãe extremamente preocupada”. Considerando o que está dito no enunciado acima, assinale a alternativa que contém uma afirmação FALSA:
a) As formas verbais HAVIA PARTIDO e DEIXOU expressam ações simultâneas. b) A forma verbal HAVIA PARTIDO expressa uma ação anterior à forma verbal DEIXOU. c) O enunciado é composto de duas orações que encerram uma relação de causa e consequência. d) A forma verbal HAVIA PARTIDO pode ser substituída por PARTIRA sem que, com isso, haja prejuízo do significado. e) Há, no enunciado, uma ambiguidade gerada pela locução SUA MÃE.
Questões 08. (FAAP) Barcos de Papel Quando a chuva cessava e um vento fino franzia a tarde tímida e lavada, eu saía a brincar pela calçada, nos meus tempos felizes de menino. Fazia de papel toda uma armada e, estendendo meu braço pequenino, eu soltava os barquinhos, sem destino, ao longo das sarjetas, na enxurrada… Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles, que não são barcos de ouro os meus ideais: são feitos de papel, tal como aqueles, perfeitamente, exatamente iguais… – que os meus barquinhos, lá se foram eles! foram-se embora e não voltaram mais! (Guilherme de Almeida)
“… eu saía a brincar…”. O verbo está no passado imperfeito do indicativo. O nome imperfeito advém, porque a ação de sair a brincar é: a) presente em relação a cessar b) passado em relação a cessar c) futuro em relação a cessar d) condição em relação a cessar e) concessão em relação a cessar
Questões 09. (UERJ – Vestibular 2010 – Adaptado) “Em quais frequências os ETs estariam enviando os seus sinais? E como decifrá-los? Por outro lado, os que defendem a busca afirmam que um resultado positivo mudaria profundamente a nossa civilização. A confirmação da existência de outra forma de vida inteligente no universo provocaria uma revolução. Alguns até afirmam que seria a maior notícia já anunciada de todos os tempos. Eu concordo. Não estaríamos mais sós. Se os ETs fossem mais avançados e pacíficos, poderiam nos ajudar a lidar com nossos problemas sociais, como a fome, o racismo e os confrontos religiosos. Talvez nos ajudassem a resolver desafios científicos. Nesse caso, quão diferentes seriam dos deuses que tantos acreditam existir? Não é à toa que inúmeras seitas modernas dirigem suas preces às estrelas e não aos altares.” “Não estaríamos mais sós.” (l. 36)
O uso do tempo verbal em que se encontra o vocábulo grifado se justifica porque se trata de: a) processo habitual b) conclusão pontual c) situação hipotética d) acontecimento passado
Questões 10 sobre Verbos: (UERJ – Vestibular 2011 – Adaptado) “(…) Do jeito que a alfabetização está conseguindo aumentar o número de leitores, paralelamente à expansão da produção editorial que está oferecendo material escrito em quantidades jamais imaginadas antes, e ainda com o advento de meios tecnológicos que eliminam as barreiras entre produção e consumo do material escrito, tudo levaria a crer que essa questão está sendo resolvida. Será? Na verdade, creio que ela se abre sobre outras questões. Que tipo de alfabetização é esse, a que tipo de leitura tem levado, com que tipo de utilidade social?” “tudo levaria a crer que essa questão está sendo resolvida. Será?” (l. 35)
O emprego da forma verbal “levaria” e a forma interrogativa que se segue – “Será?” – sugerem um procedimento argumentativo, empregado no texto. Esse procedimento está explicitado em: a) a exposição de um problema que será detalhado b) a incerteza diante de fatos que serão comprovados c) a divergência em relação a uma ideia que será contestada d) o questionamento sobre um tema que se mostrará limitado
Doutorando em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Mestre em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de Biologia e Química – FAEL
Licenciado em Ciências Biologias – IFMT/Campus Juína