Questão 01 sobre a Formação dos Estados Nacionais e do Absolutismo: (Unicamp) A respeito do Estado moderno, o pensador político inglês John Locke (1632-1704) escreveu:
“Considero poder político o direito de fazer leis para regular e preservar a propriedade”.
(MUNAKATA, Kazumi, A Legislação Trabalhista no Brasil, 1984.)
a) Explique a função do Estado segundo essa tese de Locke.
b) Como, a partir dessa tese, se explica a relação do Estado moderno com a acumulação de capital?
Questão 02. (PUCRS) Dentre os vários meios desenvolvidos nos Estados nacionais modernos para garantir o poder das monarquias não se pode citar a adoção de:
a) leis e justiças unificadas.
b) força militar permanente.
c) sistema tributário.
d) universalismo religioso da igreja católica.
e) burocracia administrativa.
Questão 03 sobre a Formação dos Estados Nacionais e do Absolutismo: (PUC-Campinas) Leia e reflita sobre o texto.
“À primeira vista, afigura-se paradoxal que Portugal e Espanha tenham conseguido preservar seus extensos domínios ultramarinos depois da perda da hegemonia ibérica e ascensão das novas potências preponderantes no quadro europeu e do desenvolvimento da competição colonial. Efetivamente, tendo realizado com precedência etapas decisivas da unificação nacional e da centralização política da monarquia absolutista, os países ibéricos (…) puderam marchar na vanguarda da expansão marítima que redefiniu a geografia econômica do mundo e marcou a abertura dos Tempos Modernos (…).”
(NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808), São Paulo: Hucitec, 1981, p.17.)
O conhecimento histórico e as ideias do autor possibilitam afirmar que:
a) a Inglaterra, a França, a Alemanha e a Itália, ao iniciarem a expansão imperialista sobre as colônias, colocaram em xeque a hegemonia econômica e política exercida pela Espanha e Portugal.
b) os países da Península Ibérica tinham a hegemonia no contexto da colonização europeia, fator que decorreu do processo de centralização política que contribuiu para a expansão marítima e comercial.
c) os países ibéricos realizaram um processo de unificação nacional e centralização política depois que perderam a hegemonia econômica na Europa, em razão da acirrada disputa dos países europeus pelo mercado colonial.
d) Portugal e Espanha não conseguiram manter os territórios na América, já que estes foram conquistados pela Inglaterra, que passou a exercer uma posição hegemônica no continente.
e) as monarquias absolutas dos países ibéricos contribuíram para a própria dominação holandesa, inglesa e francesa na América, uma vez que estabeleceram uma nova divisão das terras americanas.
Questão 04. (UFG) (…) O príncipe que baseia seu poder inteiramente na sorte se arruina quando esta muda. Acredito também que é feliz quem age de acordo com as necessidades do seu tempo, e da mesma forma é infeliz quem age opondo-se ao que o seu tempo exige.
(Maquiavel. O Príncipe. Brasília: Ed. UnB, 1976, p.90.)
A formação dos Estados modernos na Europa Ocidental foi fruto de um complexo processo de alianças entre setores da nobreza e da nascente burguesia. O rei encarnava essa tensa aliança que expressava as lutas políticas próprias ao período de formação do Capitalismo.
Acerca do processo de formação dos Estados modernos, é possível afirmar que:
( ) os princípios disseminados na obra de Nicolau Maquiavel, O Príncipe, são condizentes com a moralidade política medieval, que defendia a origem divina do poder real; portanto, ao príncipe caberia aceitar os desígnios divinos e governar para o bem da coletividade.
( ) Maquiavel elabora uma reflexão realista sobre o poder e o homem; portanto, aconselha o príncipe a governar em nome de uma razão destinada, primordialmente, ao fortalecimento do poder do soberano.
( ) a imagem do rei estava associada, desde a formação dos Estados feudais, a princípios religiosos. Os rituais de coroação, mediados pela igreja católica, sacralizavam o poder real.
( ) o tumultuado processo revolucionário francês disseminou um medo profundo nos Estados monárquicos que, posteriormente, formaram a Santa Aliança, para combater o avanço dos movimentos revolucionários.
Questão 05 sobre a Formação dos Estados Nacionais e do Absolutismo: (FGV) A respeito de Portugal, durante a Época Moderna, é correto afirmar:
a) A montagem do vasto Império ultramarino esteve ligada ao fortalecimento dos setores aristocráticos que dominavam os principais postos e funções do Estado lusitano.
b) A vinculação à monarquia espanhola durante a União Ibérica (1580 – 1640) estimulou o movimento republicano vitorioso na revolta de 1640.
c) Vantajosos tratados econômicos foram estabelecidos com a Inglaterra, desde o século XVII, o que garantiu a prosperidade da economia portuguesa durante a crise do antigo Sistema Colonial.
d) Durante a União Ibérica (1580-1640), estreitou-se ainda mais a parceria entre os portugueses e os holandeses, que financiavam e distribuíam na Europa os produtos coloniais brasileiros.
e) Ao contrário das demais sociedades europeias, o Antigo Regime português caracterizou-se pela ausência de conflitos religiosos e pelo interesse na produção cultural estrangeira.
Questão 06. (UNIRIO) O Absolutismo monárquico manifestou-se de formas variadas, entre os séculos XVI e XVIII na Europa, através de um conjunto de práticas e doutrinas político econômicas que fundamentavam a atuação do Estado Nacional Absoluto. Dentre essas práticas e doutrinas, identificamos corretamente a:
a) condenação da doutrina política medieval que justificava a autoridade monárquica absoluta através do direito divino dos reis.
b) concentração dos poderes de governo e da autoridade política na pessoa do rei identificado com o Estado.
c) promoção política das burguesias nacionais, principais empreendedores mercantis da expansão econômica e geográfica do Estado moderno absoluto.
d) adoção de práticas capitalistas e liberais como fundamento da organização econômica dos Impérios coloniais controlados pelas monarquias europeias.
e) rejeição dos princípios mercantilistas: dirigismo econômico e protecionismo alfandegário.
Questão 07. (UFRRJ) “A monarquia absolutista, com uma longa gestação no espírito da realeza, tornou-se a realidade dominante em França apenas durante o reinado de Luís XIV (1643 – 1715). A Fronda de 1648 – 1653 representou a última vez que seções da nobreza territorial pegaram em armas contra a realeza centralizadora.”
(SKOCPOL, Theda. Estados e Revoluções Sociais. Lisboa: Editorial Presença, 1985, p. 62.)
O Antigo Regime estendeu-se em França até a Revolução Francesa de 1789. Um dos impedimentos à consolidação do poder monárquico era justificado pela tenaz resistência da nobreza. Uma vez dominada a nobreza, consolidava-se a monarquia absolutista.
a) Cite duas características do Absolutismo.
b) Estabeleça uma relação entre o reinado de Luís XIV e o Absolutismo.
Questão 08 sobre a Formação dos Estados Nacionais e do Absolutismo: O antigo regime estendeu-se em França até a Revolução Francesa de 1789. Um dos impedimentos à consolidação do poder monárquico era justifcado pela tenaz resistência da nobreza. Uma vez dominada a nobreza, consolidava-se a monarquia absoluta.
a) Cite duas características do Absolutismo.
b) Estabeleça uma relação entre o reinado de Luís XIV e o Absolutismo.
Questão 09. (FGV) Os Tratados de Westfália (Münster e Osnabruch), que puseram fm à Guerra dos Trinta Anos (1618 – 1648), tiveram ampla repercussão, tendo em vista que:
a) consagraram os princípios de uma ideologia católica, absolutista e autoritária, que foram impostos pela França.
b) romperam com o estatuto que defina a estabilidade política e religiosa das nações europeias.
c) atraíram a participação da Inglaterra para a solução dos problemas continentais advindos da evolução econômica.
d) acabaram com a política de hegemonia dos habsburgos e impediram, provisoriamente, a ideia de uma unidade imperial da Europa.
e) permitiram à Espanha, então governada por Filipe IV, obter bases marítimas nos Países Baixos e nas Províncias Unidas.
Questão 10 sobre a Formação dos Estados Nacionais e do Absolutismo: (Unirio).
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
(BANDEIRA, Manoel. “Vou-me embora pra Pasárgada”. In: Vou-me Embora pra Pasárgada e Outros Poemas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997.)
O reino imaginário de Pasárgada e os privilégios dos amigos do rei podem ser comparados à situação da nobreza europeia com a formação das monarquias nacionais modernas. A razão fundamental do apoio que essa nobreza forneceu ao rei, no intuito de manter-se “amiga” do mesmo, conservando inúmeras regalias, pode ser explicada pela(o):
a) composição de um corpo burocrático que absorve a nobreza, tornando esse segmento autônomo em relação às atividades agrícolas que são assumidas pelo capital mercantil.
b) subordinação dos negócios da burguesia emergente aos interesses da nobreza fundiária, obstaculizando o desenvolvimento das atividades comerciais.
c) manutenção de forças militares locais que atuaram como verdadeiras milícias aristocráticas na repressão aos levantes camponeses.
d) repressão que as monarquias empreenderiam às revoltas camponesas, restabelecendo a ordem no meio rural em proveito da aristocracia agrária.
e) completo restabelecimento das relações feudovassálicas, freando temporariamente o processo de assalariamento da mão-de-obra e de entrada do capital mercantil no campo.
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Gabarito com as respostas do simulado de História Mundial sobre a Formação dos Estados Nacionais e do Absolutismo.
01. a) O Estado é o regulador da sociedade, determinando sua organização.
b) O Estado moderno de origem burguesa determinou uma igualdade jurídica, mas não econômica.
02. D;
03. B;
04. F, V, V, V;
05. A;
06. B;
07. a) O candidato deve associar o Estado absoluto e a transição do Feudalismo ao Capitalismo; indicar a centralização monárquica e a perda de poder político da nobreza; vincular o Absolutismo à implementação da política econômica do Mercantilismo.
b) Luís XIV (1638-1715) reforçou a autoridade real, promoveu a unidade religiosa e consolidou a economia mercantilista com Colbert, na França.
08. a) A cobrança de novos tributos, o recrutamento para os exércitos nacionais, a intervenção do Estado nos assuntos provinciais, rompendo com relações de poder anteriormente existentes.
b) Ao deixar de ser um agente mediador nas relações capital-trabalho, o Estado colocou os trabalhadores à mercê do capital; o Estado permitiu também assim a progressiva redução de conquistas trabalhistas e abriu espaço para a revogação de leis consideradas favoráveis aos trabalhadores.
09. D;
10. D
Doutorando em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Mestre em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de Biologia e Química – FAEL
Licenciado em Ciências Biologias – IFMT/Campus Juína