Questão 01 sobre as Revoltas Liberais Brasileiras: Mackenzie-SP.
Eu não tenho medo de nenhum partido, e obro conforme, e só conforme, o que julgo exigir o bem do país. Que medo poderia ter? De que me tirassem o governo? Muitos melhores reis do que eu o têm perdido, e não lhe acho senão o peso de uma cruz que carrego por dever. Tenho a ambição de servir meu país; mas quem sabe se não o serviria melhor noutra posição? Em todo o caso, jamais deixarei de cumprir meus deveres de cidadão brasileiro.
Diário do imperador D. Pedro II.
Assinale a alternativa que apresenta os dois agrupamentos políticos mais influentes ao longo do Segundo Império.
a) Partido Republicano e Partido Exaltado
b) Partido Restaurador e Partido Radical
c) Partido Brasileiro e Partido Português
d) Partido Liberal e Partido Conservador
e) Partido Moderador e Partido Executivo
Questão 02. Unitau-SP. A partir do Golpe da Maioridade, em 1840, a vida partidária brasileira resumiu-se a dois partidos: o antes Partido Progressista passou a se chamar Partido Liberal e o regressista passou a se chamar Partido Conservador. Pode-se considerar como característica desses partidos:
a) Os partidos do Império sempre tiveram plataformas políticas bem definidas.
b) As divergências entre as várias classes da sociedade brasileira estavam representadas nos programas partidários.
c) Do ponto de vista ideológico, não havia diferenças entre liberais e conservadores, pois eram “farinha do mesmo saco”.
d) Os conservadores sempre estiveram no poder e os liberais sempre estiveram na oposição.
e) Ambos tinham influência ideológica externa nos seus programas, apesar de proibido por lei.
Questão 03 sobre as Revoltas Liberais Brasileiras: UFPR. No período compreendido entre a Independência e 1849, o Brasil foi marcado por agitações sociais e políticas. Sobre essas agitações, é correto afirmar que:
01. a “Cabanagem”, no Pará (1835-1840), foi um movimento que teve forte participação das camadas populares.
02. também no Maranhão houve violência social na rebelião conhecida por Balaiada (1838-1841), com forte participação popular.
04. apenas na Bahia não houve agitação social ou movimentos visando à emancipação regional.
08. a revolta dos liberais em 1842, em São Paulo e em Minas Gerais, contribuiu para que, mais tarde, fosse praticada a alternância no poder dos partidos Liberal e Conservador.
16. a mais longa das revoltas brasileiras desse período foi a revolução Farroupilha (1835-1845), na qual se chegou a proclamar uma República independente.
32. a Revolução Praieira (1848) foi o último grande movimento nordestino revoltoso, de caráter popular, democrático e de influência ideológica. Some as proposições corretas.
Questão 04. UFMG. A organização do sistema político foi objeto de discussões e conflitos ao longo do período imperial no Brasil. Com relação ao contexto histórico do Brasil Imperial e aos problemas a ele relacionados, é correto afirmar que:
a) a centralização do poder foi objeto de sérias disputas ao longo de todo o século XIX e explica várias contendas internas às elites imperiais, como a Rebelião Praieira.
b) o Constitucionalismo ganhou força, fazendo com que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário se tornassem independentes e harmônicos, o que atendia às queixas dos rebeldes da Balaiada.
c) o Federalismo de inspiração francesa e jacobina foi uma das principais bandeiras do Partido Liberal, a partir da publicação do Manifesto Republicano, o que explica, entre outras, a Revolução Liberal de 1842.
d) os movimentos de contestação armada – como a Revolução Farroupilha, a Sabinada ou a Cabanagem – tinham em comum a crítica liberal às tendências absolutistas, persistentes no governo de D. Pedro II.
Questão 05 sobre as Revoltas Liberais Brasileiras: Fuvest-SP. A afirmação de que “o partido que sobe entrega o programa de governo”, relacionada aos partidos políticos do Segundo Reinado, subentende que:
a) os políticos do Império sempre tiveram plataformas de atuação definidas.
b) os conservadores conduziram a vida partidária do Império, mas os liberais governavam.
c) a ameaça de radicalização obrigava os partidos políticos à coesão.
d) sendo a “conciliação” ideal constante na vida política do país, os partidos pouco se diferenciavam na prática.
e) as divergências entre as várias classes da sociedade brasileira estavam representadas nos programas partidários.
Questão 06. FCC-SP. As chamadas revoltas liberais de 1842, em São Paulo (Sorocaba) e em Minas Gerais (Barbacena), refletem:
a) um conflito ideológico entre os elementos dos partidos políticos Conservador e Liberal.
b) uma luta de facções da aristocracia proprietária para o exercício do poder em benefício de sua classe social.
c) um novo posicionamento das camadas urbanas em relação aos movimentos sociais na Europa.
d) uma disputa pelo poder, a fim de empreender uma reforma estrutural que modificasse o país.
e) um choque entre a burguesia mercantil retrógrada e a classe progressista empresarial inspirada na Revolução Industrial.
Questão 07 sobre as Revoltas Liberais Brasileiras: UFPR. O novo imperador é um conhecedor e admirador das formas de governo liberais da Europa. Procura seguir as regras do parlamentarismo inglês, que já estavam sendo seguidas por outros países. Com o correr do tempo, a alternância dos partidos vai adquirir uma certa regularidade.
LACOMBE, Américo J. História do Brasil. São Paulo: Ed. Nacional, 1979. p.169.
O texto refere-se à política do Segundo Reinado, com D. Pedro II, cujas linhas gerais são bem definidas por sua regularidade. Procure definir tais linhas, indicando os partidos políticos envolvidos e o papel político do imperador.
Questão 08. Cesgranrio-RJ. No século XIX, as décadas de 50 e 60 são consideradas como o período de apogeu da história do Império. Assinale a opção que apresenta uma característica desse período.
a) A superação das rebeliões que marcaram o período anterior e a estabilidade política simbolizada pela Conciliação.
b) A consolidação política dos liberais, que amenizou a organização centralizada do Estado imperial.
c) O encaminhamento da abolição, o qual favoreceu o desenvolvimento da lavoura cafeeira no vale do Paraíba.
d) A revogação da autonomia das Províncias e a ocorrência de movimentos revolucionários no Norte e Nordeste.
e) O desenvolvimento material do período, a “Era Mauá”, que propiciou a consolidação do movimento republicano.
Questão 09. Cesgranrio-RJ. No Segundo Reinado, o parlamentarismo não ofuscava a importância do Poder Moderador, mas o sistema como um todo expressava a hegemonia dos grandes proprietários e o compromisso entre a centralização e o poder local, de modo que:
a) os dois partidos – Conservador e Liberal – dependiam estreitamente do Poder Moderador para implementar seu projeto político centralizador.
b) com o apogeu do Estado imperial, foi possível reduzir a intervenção política do Poder Moderador, e assim abrir caminho à descentralização administrativa.
a) em oposição ao Primeiro Reinado, houve uma tendência para ampliar o poder em mãos dos chefes políticos locais – os coronéis – em nome da ordem e do fortalecimento da “nação”.
b) esse regime parlamentar foi a forma encontrada para solucionar os conflitos entre o poder local e o central, garantindo-se, com a Guarda Nacional e o Senado Vitalício, a autoridade provincial.
c) a vida política assegurava a livre participação de todos os cidadãos, através de eleições democráticas e diretas em todos os níveis.
Questão 10 sobre as Revoltas Liberais Brasileiras: Mackenzie-SP. Sobre o parlamentarismo praticado durante quase todo o Segundo Reinado e a atuação dos Partidos Liberal e Conservador, podemos afirmar que:
a) ambos colaboraram para suprir qualquer fraude nas eleições e faziam forte oposição ao centralismo imperial.
b) as divergências entre ambos impediram períodos de conciliação, gerando acentuada instabilidade no sistema parlamentar.
c) organizado de baixo para cima, o parlamentarismo brasileiro chocou-se com os Partidos Liberal e Conservador, de composição elitista.
d) Liberal e Conservador, sem diferenças ideológicas significativas, alternavam-se no poder, sustentando o parlamentarismo de fachada, manipulado pelo imperador.
e) os partidos tinham sólidas bases populares e o parlamentarismo seguia e praticava rigidamente o modelo inglês.
Questão 11. PUC-MG. No Segundo Reinado (1840-1 889), os políticos conservadores e liberais caracterizavam-se por:
a) representarem os senhores de escravos e proprietários de terras.
b) apoiarem o término da escravidão e a Proclamação da República.
c) serem republicanos e oposicionistas ao imperador D. Pedro II.
d) defenderem os interesses populares e contrários à Monarquia.
Questão 12. Mackenzie-SP. A tela da atualidade política é uma paisagem uniforme; nada a perturba, nada a modifica. Dissera-se um país onde o povo só sabe que existe politicamente quando ouve o fisco bater-lhe à porta.
O que dá razão a este marasmo?
Machado de Assis, crônica publicada no Diário do Rio de Janeiro, em 1/12/1 861
A crítica do autor refere-se à política adotada durante o Segundo Reinado no Brasil (1840-1889). Com relação a esse período, podemos afirmar que:
a) a adoção do parlamentarismo às avessas cooperou para a estabilidade política nessa época, impedindo que aspirações populares, divergentes dos interesses da elite agrária, fossem atendidas.
b) inspiradas no modelo parlamentar inglês, as atribuições políticas ficam concentradas nas mãos do Poder Moderador, permitindo um exercício mais democrático do poder.
c) com a centralização político-administrativa, a monarquia estava assegurada, possibilitando que as eleições ocorressem livres de pressões ou fraudes.
d) o Senado Vitalício e o Conselho de Estado não eram órgãos meramente consultivos do imperador; eles permitiam, mesmo que de forma limitada, a atuação de conservadores e liberais.
e) a centralização de poderes no Poder Moderador ameaçava os interesses da aristocracia agrária, representada pelos partidos Liberal e Conservador.
Questão 13. UFTM-MG. O reinado de D. Pedro II (1840-1889) marcou o apogeu do Império brasileiro. Contribuíram para a estabilidade política e para o progresso econômico da época, respectivamente:
a) o revezamento de liberais e conservadores no poder e o protecionismo alfandegário que libertou o Brasil da dependência ao capital britânico.
b) a instituição do parlamentarismo controlado pelo imperador e a expansão da lavoura cafeeira no Sudeste do país.
c) a imposição do voto censitário e de eleições em dois graus e o desenvolvimento industrial iniciado na Era Mauá.
d) a vitória brasileira na Guerra do Paraguai e a modernização dos transportes, com as ferrovias, e do trabalho, com a imigração.
e) a repressão às revoltas liberais e o fim da escravidão, devido às pressões inglesas, com a Lei Eusébio de Queirós.
Questão 14 sobre as Revoltas Liberais Brasileiras: PUC-SP. A enorme visibilidade do poder era sem dúvida em parte devida à própria monarquia com suas pompas, seus rituais, com o carisma da figura real. Mas era também fruto da centralização política do Estado. Havia quase unanimidade de opinião sobre o poder do Estado como sendo excessivo e opressor ou, pelo menos, inibidor da iniciativa pessoal, da liberdade individual. Mas (…) este poder era em boa parte ilusório. A burocracia do Estado era macrocefálica: tinha cabeça grande, mas braços muito curtos. Agigantava-se na corte, mas não alcançava as municipalidades e mal atingia as províncias (…) Daí a observação de que, apesar de suas limitações no que se referia à formulação e implementação de políticas, o governo passava a imagem do todo-poderoso, era visto como o responsável por todo o bem e todo o mal do Império.
Carvalho, J. Murilo de. Teatro de sombras. Rio de Janeiro: IUPERJ/Vértice, 1988.
O fragmento acima refere-se ao II Império brasileiro, controlado por D. Pedro II e ocorrido entre 1840 e 1889. Do ponto de vista político, o Segundo Império pode ser representado como:
a) palco de enfrentamento entre liberais e conservadores que, partindo de princípios políticos e ideológicos opostos, questionaram, com igual violência, essa aparente centralização indicada na citação acima e se uniram no Golpe da Maioridade.
b) jogo de aparências, em que a atuação política do imperador conheceu as mudanças e os momentos de indefinição referidos no texto – refletindo as próprias oscilações e incertezas dos setores sociais hegemônicos – como bem exemplificado na questão da abolição.
c) cenário de várias revoltas de caráter regionalista – entre elas a Farroupilha e a Cabanagem – devido à incapacidade do governo imperial de controlar, conforme mencionado na citação, as províncias e regiões mais distantes da capital.
d) universo de plena difusão das idéias liberais, o que implicou uma aceitação por parte do imperador da diminuição de seus poderes, conformando a situação apontada na citação e oferecendo condições para a Proclamação da República.
e) teatro para a plena manifestação do Poder Moderador que, desde a Constituição de 1824, permitia amplas possibilidades de intervenções políticas para o imperador – daí a idéia de centralização da citação – e que foi usado, no Segundo Reinado, para encerrar os conflitos entre liberais e socialistas.
🔵 >>> Confira a nossa lista completa de exercícios sobre a História do Brasil.
Gabarito com as respostas dos exercícios de História do Brasil sobre as Revoltas Liberais Brasileiras:
01. D;
02. C;
03. 59 (01 + 02 + 08 + 16 + 32);
04. A;
05. D;
06. A;
07. O Brasil era uma monarquia e se tornou uma “espécie de parlamentarismo” a partir de 1847, com a criação do cargo de presidente do Conselho de Ministros. Mas era um parlamentarismo às avessas, de cima para baixo. Quando acreditava ser necessário, o imperador dissolvia a Câmara dos Deputados e indicava um político de um dos partidos dominantes para formar o novo gabinete, usando, para isso, seu poder moderador, exceto durante o “período de conciliação”, de 1853 a 1858, em que ambos governaram. Afinal, havia muito pouca diferença entre eles.
08. A;
09. A;
10. D;
11. A;
12. A;
13. B;
14. B
Doutorando em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Mestre em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de Biologia e Química – FAEL
Licenciado em Ciências Biologias – IFMT/Campus Juína