Lista com 10 atividades de Língua Portuguesa sobre Classe de Palavras para o ir bem no Enem, Vestibular e Concurso Público!
Questão 01 sobre Classe de Palavras Ensino Médio: (Milton Campos-MG–2010) Em todos os fragmentos, destacaram-se termos que modificam o verbo, EXCETO em:
ATENÇÃO!!! O Gabarito encontra-se no final da página!!!
A) “Todos os dias os ministros dizem ao povo […]”
B) “Não é nada provável e, se o fosse […]”
C) “[…] nunca mais haveria guerra.”
D) “[…] ele nasceria por certo em outro lugar.”
Questão 02. UNESP – Leia o texto que segue.
“Não digo com isto que um e outro dos gêmeos não soubessem agredir e dissimular, a diferença é que cada um sabia melhor o seu gosto, coisa tão óbvia que custa escrever.”
In: ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó. São Paulo: Editora Mérito, 1962. p. 78.
No segundo período desse texto reconheça as classes de palavras a que pertence o a,respectivamente, em “a fruta” e “a ia buscar”.
(Unimontes-MG–2007) Classe de Palavras Ensino Médio:
Instrução: As questões de 02 a 10 referem-se ao texto a seguir ou tomam-no como ponto de partida. Leia-o.
Conciliando ciência e religião
A função da ciência não é atacar Deus, mas oferecer uma descrição do mundo mais completa
Para muitos, ciência e religião estão permanentemente em guerra. Desde a famosa crise entre Galileu Galilei e a Inquisição, no século 17, quando o cientista foi forçado a abjurar1 sua convicção de que o Sol e não a Terra era o centro do cosmo, razão e fé aparentam ser incompatíveis. Aos crentes, a religião oferece não só apoio espiritual em momentos difíceis e uma comunidade fraterna e acolhedora, mas também respostas a questões de caráter2 fundamental e misterioso, como a origem do universo, da vida ou da mente.
Na sua maioria, as respostas são relatadas em textos sagrados, escritos por homens que recebem a sabedoria por meio de um processo de revelação sobrenatural3, de Deus (ou de deuses) para os profetas. Para as pessoas de fé, é absurdo contestar a veracidade desses textos, visto que são expressão direta da palavra divina.
A atitude descrita faz parte da ortodoxia de muitas religiões. Nem todos os crentes adotam uma posição radical com relação à veracidade, ou literalismo4, dos textos sagrados. Uma posição mais comum é interpretar os textos como representações simbólicas, um corpo de narrativas dedicadas a construir uma realidade espiritual baseada em certos preceitos morais. Galileu criticou os teólogos católicos, dizendo que a função da Bíblia não é explicar os movimentos dos planetas, mas como obter a salvação eterna (“Não é explicar como os céus vão, mas como se vai para o Céu.”).
A adoção de uma postura menos ortodoxa permite uma visão de mundo menos radical, onde a religião e a ciência podem viver em harmonia, cada uma cumprindo sua missão social. O conflito entre as duas não é, de forma alguma, necessário. Basta saber distinguir o que uma ou outra pode e não pode fazer. Isso serve também aos cientistas, em especial aos que têm atitudes ortodoxas contra a religião.
Acho extremamente ingênuo imaginar ser possível um mundo sem religião. Ingênuo e desnecessário. A função da ciência não é tirar Deus das pessoas. É oferecer uma descrição do mundo natural cada vez mais completa, baseada em experimentos e observações que podem ser repetidos ou ao menos contrastados por vários grupos. Com isso, a ciência contribui para aliviar o sofrimento humano, seja ele material ou de caráter metafísico.
A distinção essencial entre ciência e religião está no que cada uma delas pressupõe ser a natureza da realidade. Enquanto a religião adota uma realidade sobrenatural coexistente e capaz de interferir na realidade natural, a ciência aceita apenas uma realidade, a natural. Aqui aparece a razão principal do conflito entre as duas. Para a ciência, não é preciso supor que o que ainda não é acessível ao conhecimento necessite de explicação sobrenatural. O que não sabemos hoje pode, em princípio, vir a ser explicado no futuro. Em outras palavras, a ciência abraça a ignorância, o não saber, como parte necessária de nossa existência, sem lançar mão de causas sobrenaturais para explicar o desconhecido.
Sem dúvida, esse tem sido o seu caminho: explicar de forma clara e racional um número cada vez maior de fenômenos naturais, do funcionamento dos átomos à formação de galáxias e a transmissão do código genético entre os seres vivos. As tecnologias que tanto definem a vida moderna, da revolução digital aos antibióticos, dos meios de transporte ao uso da física nuclear no tratamento do câncer, são fruto desse questionamento. Negar isso é tentar olhar para o mundo de olhos fechados.
A conciliação entre ciência e religião só ocorrerá quando ficar claro o papel social de cada uma. Negar uma ou outra é ignorar que o homem é tanto um ser espiritual quanto racional.
GLEISER, Marcelo. Folha de S. Paulo, 25 jun. 2006.
“A distinção essencial entre ciência e religião está no que cada uma delas pressupõe ser a natureza da realidade.”
Assinale a única interpretação INADEQUADA desse fragmento.
A) Ciência e religião diferem na sua forma de conceber a realidade.
B) Existem distinções periféricas, secundárias, entre ciência e religião.
C) Para a religião, as situações da realidade são permeadas de fantasia, mas não para a ciência.
D) Tanto a ciência quanto a religião estabelecem reflexões sobre situações do mundo.
A) São prejudiciais tanto o radicalismo da ciência quanto o da religião.
B) Razão e fé são incompatíveis devido ao conflito que geram na sociedade.
C) A ciência procura ater-se à explicação do mundo natural.
D) A ciência aceita o fato de que há fenômenos que ela pode não conseguir explicar.
A) Repudiar a religião ou a ciência revela ingenuidade e ignorância.