Questão 01 sobre a Política Interna no Segundo Reinado: (FURG-RS/2007)
“Queremos Pedro II Ainda que não tenha idade A Nação dispensa a Lei E viva a Maioridade”.
O clamor pela antecipação da Maioridade, expresso na quadrinha popular, reafirma as expectativas de superação da crise vigente durante o período regencial. Dentre os fatores constitutivos desta crise, podemos destacar:
a) a disputa envolvendo os conservadores e os liberais, diferentes facções oligárquicas, e a irrupção de movimentos regionais. b) o declínio da lavoura cafeeira e a intervenção da Guarda Nacional. c) o nacionalismo e a defesa do liberalismo. d) o prestígio político dos liberais exaltados, que contestavam a Regência. e) a unificação dos movimentos sociais regionais de rebelião, promovendo uma forte resistência à Regência.
Questão 02. (Mackenzie) “A vontade popular, passiva e dominada, adaptava-se à ordem do pensamento do estamento burocrático, cuja cúpula dirigente era o Poder Moderador
(…) A intervenção do poder pessoal mostrava-se franca e direta, como um golpe de Estado, ou dissimulada e sub-reptícia (…). A hábil alternação dos partidos no governo enfraquecia o azedume das quedas.” Raymundo Faoro
O texto retrata um período histórico e suas características. Assinale-o. a) Período Joanino e a transferência do Estado Metropolitano para o Brasil. b) A fase regencial e as lutas políticas internas. c) A República Velha e sua estrutura oligárquica. d) O Segundo Reinado e o Parlamentarismo às avessas. e) O Estado Novo e a Constituição de 1937.
Questão 03 sobre a Política Interna no Segundo Reinado: (UNESP) Os dois grandes partidos imperiais (…) completaram sua formação (…) como agremiações políticas opostas. Mas havia mesmo diferenças ideológicas ou sociais entre eles? Não passariam no fundo de grupos quase idênticos, separados apenas por rivalidades pessoais? Muitos contemporâneos afirmam isso. Ficou célebre uma frase atribuída ao político pernambucano Holanda Cavalcanti: ‘nada se assemelha mais a um saquarema do que um luzia no poder’. (B. Fausto, “História do Brasil”.)
A transcrição refere-se aos partidos a) Radical e Justicialista, que formaram a estrutura bipartidária vigente na Regência. b) Republicano e Democrático, que deram o tom político ao longo do Primeiro Reinado. c) Progressista e Ruralista, que se constituíram nas duas forças políticas em ação no Segundo Reinado. d) Trabalhista e Positivista, que moldaram a vida política no Antigo Regime. e) Conservador e Liberal, que dominaram a cena política até a proclamação da República.
Questão 04. (UFTM MG/2010)
Eis o nosso parlamento. O ministério que o fabrica, não vive da sua confiança; conta com o seu servilismo. O ministério unicamente depende da coroa, que assim como o tira do nada, assim pode devolvê-lo à poeira da terra. (Tavares Bastos. Os Males do Presente e as Esperanças do Futuro.)
O trecho acima, retirado de um artigo de jornal publicado em 1861, faz uma crítica severa ao sistema político representativo do Segundo Império, considerando que ele a) imitava uma forma de parlamentarismo, o inglês, que era inaplicável no Brasil. b) desrespeitava os resultados das eleições livres, realizadas em todo o país. c) deixava o parlamento e o ministério dependentes da autoridade do monarca. d) implicava em conflitos permanentes entre o ministério, o parlamento e o monarca. e) proibia o debate de ideias por meio de publicações na imprensa diária e semanal.
Questão 05 sobre a Política Interna no Segundo Reinado: (UFMG) Observe o esquema:
Esse esquema representa a situação política brasileira durante o II Reinado. Nesse momento, o sistema parlamentarista foi considerado “às avessas” porque:
a) a composição ministerial era indicada pelo Imperador, mas dependia da aprovação do Legislativo. b) o exercício do ministério estava limitado a um plano de ação imposto pelo Legislativo. c) os Ministros de Estado deveriam prestar contas de seus atos ao Imperador e não ao Poder Legislativo. d) os Ministros de Estado eram escolhidos pelo Imperador e não pelo Legislativo. e) os Ministros tinham prazo determinado para permanecer no poder, mesmo fazendo um bom governo.
Questão 06. (Cesgranrio) No 2° Reinado, o parlamentarismo não ofusca a importância do Poder Moderador, mas o sistema como um todo expressa a hegemonia dos grandes proprietários e o compromisso entre a centralização e o poder local, de modo que:
a) os dois partidos – Conservador e o Liberal – dependiam estreitamente do Poder Moderador para implementarem seu projeto político centralizador.
b) com o Apogeu do Estado Imperial, foi possível reduzir a intervenção política do Poder Moderador, e assim abrir caminho à descentralização administrativa.
c) em oposição ao 1° Reinado, houve uma tendência para ampliar o poder em mãos dos chefes políticos locais – os coronéis – em nome da ordem e do fortalecimento da “Nação”.
d) esse regime parlamentar foi a forma encontrada para solucionar os conflitos entre o poder local e o central, garantindo-se, com a Guarda Nacional e o Senado vitalício, a autoridade provincial.
e) a vida política assegurava a livre participação de todos os cidadãos, através de eleições democráticas e diretas em todos os níveis.
Questão 07. (UFRJ/2004) “Ficou célebre uma frase atribuída ao político pernambucano Holanda Cavalcanti:
– Nada se assemelha mais a um ‘saquarema’ do que um ‘luzia’ no poder. ‘Saquarema’, nos primeiros anos do Segundo Reinado, era o apelido dos conservadores […] ‘Luzia’ era o apelido dos liberais […] A ideia de indiferenciação dos partidos parecia também confirmar-se pelo fato de ser frequente a passagem de políticos de um campo para o outro”. Fonte: Fausto, Boris. Histórias do Brasil. São Paulo, Edusp, 1995, p. 180
O texto dá conta de algumas características das correntes políticas que predominavam no Segundo Reinado (1840-1889). a) Identifique um aspecto comum e outro divergente entre as correntes políticas mencionadas no texto. b) Explique uma diferença entre a experiência parlamentarista brasileira do Segundo Reinado e o modelo liberal inglês da mesma época.
Questão 08 sobre a Política Interna no Segundo Reinado: (UEMG/2010 – modificado) Sobre à corrupção no período do Brasil imperial e s práticas associadas à corrupção observadas no Senado da atual república brasileira.
Dentre as alternativas, a seguir, que abordam pontos comuns aos dois períodos históricos, assinale a que traz características e fatores específicos do período imperial: a) A compra de votos como prática comum para garantir o controle do poder das lideranças regionais e que possibilita a manutenção de uma coalizão que assegure os interesses particulares.
b) As nomeações, estritamente políticas e não técnicas, para os diversos cargos públicos, levam o nomeado a ter lealdade ao político que o nomeou e não ao Estado.
c) As aparentes diferenças ideológicas dos partidos políticos, mostradas claramente nos debates eleitorais, se esvaziam, quando qualquer um desses partidos assume o poder.
d) A representatividade eleitoral praticamente nula e a consequente impossibilidade de alguém que não faça parte das elites atingir o poder.
Questão 09. (UERJ/2004)
DISCURSO À CÂMARA DOS DEPUTADOS DE PARIS No momento em que estamos, creio que dormimos sobre um vulcão (…). Não ouvis então, por uma espécie de intuição instintiva que não se pode analisar, mas que é certa, que o solo treme de novo na Europa? Não ouvis então … como direi? … um vento de revolução que paira no ar? 29 de janeiro de 1848 (TOCQUEVILLE, A. Lembranças de 1848. As jornadas revolucionárias em Paris. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.)
As palavras de Tocqueville concretizaram-se ao longo do ano de 1848, marcado por uma série de revoluções que agitaram não só a Europa, como também a América. Em relação a este ano, identifique: a) duas condições relacionadas às camadas populares que contribuíram para a eclosão das revoluções na França; b) um movimento revolucionário ocorrido no Brasil, apontando um fator para sua eclosão.
Questão 10 sobre a Política Interna no Segundo Reinado: (PUCCamp) A razão mais profunda do Naturalismo foi a experiência política da geração de 1848: o fracasso da revolução, a repressão, a ascensão de Luís Napoleão – uma torva experiência que obrigou os escritores a uma concentração nos fatos, a um enfrentamento com a realidade, à mais rigorosa objetividade, no plano artístico, e, no plano ético, à solidariedade social e ao ativismo político. (Franklin de Oliveira. “Literatura e Civilização”. Rio de Janeiro: Difel/INL, 1978, p. 74)
Deflagrada em Pernambuco no ano a que o texto se refere, a Revolução Praieira se insere no contexto revolucionário do século XIX e ao mesmo tempo representa uma das últimas manifestações de rebeldia ao governo imperial. O núcleo urbano que aderiu ao movimento, sob a liderança de Borges da Fonseca, pretendia a: a) antecipação da maioridade de D. Pedro, a extinção do voto censitário e a descentralização do poder político. b) adoção do sistema federalista, a introdução do ensino primário gratuito e a coletivização da propriedade privada. c) restauração do Conselho de Estado, a limitação do poder do rei e a instituição do parlamentarismo. d) abolição da escravatura, a autonomia das províncias e a criação do Partido Republicano Regional. e) extinção do Poder Moderador, a proclamação da república e a instituição do sufrágio universal.
Gabarito com as respostas dos exercícios de geografia sobre a Política Interna no Segundo Reinado:
Gabarito da atividade 01. a;
Gabarito da atividade 02. d;
Gabarito da atividade 03. e;
Gabarito da atividade 04. c;
Gabarito da atividade 05. d;
Gabarito da atividade 06. a;
Gabarito da atividade 07. a) Do ponto de vista ideológico, os partidos liberal e conservador não apresentavam diferenças significativas, sendo suas contendas restritas à luta pela posse do poder e com ele o acesso a prestígio e benefícios. Como diferença, os liberais defendiam o fortalecimento do poder da Câmara dos Deputados. Já os conservadores, defendiam restrições às liberdades e ao exercício da cidadania.
b) No Brasil, o Imperador indicava o Presidente do Conselho de Ministros, cargo equivalente ao de Primeiro Ministro, ao contrário do modelo inglês em que o Chefe de Governo era escolhido pelo Parlamento. Considere-se também, que o Imperador poderia dissolver a Câmara de Deputados e convocar novas eleições, caso esta não apoiasse o gabinete de preferência do Chefe de Estado. Os poderes do Imperador, eram conferidos pelo Poder Moderador.
Gabarito da atividade 08. a;
Gabarito da atividade 09. a) O desemprego e as precárias condições de vida e trabalho das populações urbanas, associados ao sistema eleitoral censitário, levou à mobilização de líderes socialistas como Louis Blanc e Ledru-Rollin e difundirem através dos “banquetes” campanhas visando reformas políticas e sociais e críticas ao governo de Luis Felipe, o “Rei Burguês”. A proibição aos banquetes em fevereiro de 1848 deu início às revoltas que resultaram na deposição do rei e na instalação da Segunda República da França, sob o governo provisório que congregava liberais e socialistas.
b) No Brasil em 1848, teve início em Pernambuco a Revolução Praieira que se estendeu até 1850. Entre as causas para eclosão do movimento, podemos identificar a concentração fundiária nas mãos de uma reduzida aristocracia representada pela família Cavalcanti e as más condições de vida das populações urbanas de Recife em razão do domínio de portugueses no comércio. As revindicações como garantia do trabalho, voto universal masculino e nacionalização do comércio, expressas no “Manifestado ao Mundo”, publicado em 1848, dão a dimensão das razões do movimento.
Doutorando em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Mestre em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de Biologia e Química – FAEL
Licenciado em Ciências Biologias – IFMT/Campus Juína