Questão 01 sobre Brasil Colônia Açúcar e Pecuária: (UFV-MG) Leia o trecho a seguir.
De couro era a porta das cabanas, o rude leito aplicado no chão duro, e mais tarde a cama para os partos; de couro todas as cordas, a borracha para carregar água, o mocó ou alforje para levar comida, a maca para guardar roupa, a mochila para milhar cavalo, a peia para prendê-lo em viagem, as bainhas de faca, as broacas e surrões, a roupa de entrar no mato, os banguês para curtume ou para apurar sal; para os açudes, o material de aterro era levado em couros puxados por juntas de bois que calcavam a terra com seu peso; em couro pisava-se tabaco para o nariz. ABREU, Capistrano de. Capítulos de história colonial. Belo Horizonte: Itatiaia, 1978. p. 153.
Com base no texto anterior, que se refere a uma importante atividade econômica do Período Colonial, e também em seus conhecimentos, RESPONDA: A) Qual é essa atividade? B) Em que região da colônia ela se tornou mais expressiva? C) Qual a relação de trabalho predominante nessa atividade?
Questão 02. (PUC RS) Responda à questão com base no mapa a seguir, sobre a criação de gado no Período Colonial brasileiro.
A partir da observação do mapa, pode-se concluir que: A) a criação de gado era atividade exclusiva das regiões litorâneas do Brasil, sendo esse levado para a feira de Sorocaba, de onde partia para o mercado externo, grande consumidor de charque e couro.
B) a criação de gado se concentrava no Norte do Brasil, devido à inadequação do solo e do clima dessa região para o cultivo da cana-de-açúcar, não havendo integração com as demais áreas coloniais.
C) a região Sul do Brasil tinha na criação de gado uma importante fonte de renda, e levava seus derivados para serem comercializados na feira de Sorocaba, proporcionando uma integração econômica com a região mineradora.
D) a pecuária só se desenvolveu no Brasil Colonial em função do ciclo canavieiro, tendo por único objetivo abastecer de carne e couro a população litorânea, carente desses produtos.
E) o gado criado no Rio Grande do Sul não tinha boa aceitação no mercado interno colonial, por seu alto custo, devido à enorme distância que separava o Sul do Sudeste minerador, além da concorrência da carne estrangeira, de melhor qualidade.
Questão 03 sobre Brasil Colônia Açúcar e Pecuária: (UFES) O mapa reproduz uma área, no Brasil Colônia, de predominância de duas atividades importantes, que deram origem à sociedade do engenho e à sociedade do couro.
RELACIONE a agroindústria açucareira com a pecuária, no Nordeste brasileiro, considerando:
A) a mão de obra utilizada; B) o papel social na vida da colônia.
Questão 04. UFMS Leia atentamente o texto abaixo.
“Coube a Portugal encontrar outra fórmula para a ocupação econômica de suas colônias americanas que não fosse a simples extração de recursos naturais. Fazia-se imperiosa a organização de exploração agrícola rentável que, ao mesmo tempo, interessasse os investidores metropolitanos e propiciasse recursos para a manutenção e defesa desses domínios. A distância entre o Brasil e Portugal só tornava viável a produção de mercadorias que, gozando de altos preços no mercado europeu, pudessem arcar com os custos do frete marítimo.” FERLINI, Vera Lúcia do Amaral. A Civilização do Açúcar – Séculos XVI a XVIII. 4ª ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. p 15-16.
Considerando que o texto citado refere-se à economia açucareira no Brasil, é correto afirmar que: 01. a Metrópole portuguesa implantou em sua Colônia uma estrutura econômica com base na produção diversificada de gêneros tropicais de grande aceitação nos mercados europeus, utilizando mão-de-obra livre e assalariada, que trabalha em pequenas propriedades.
02. a empresa açucareira foi implantada como solução viabilizadora da manutenção do Brasil como Colônia de Portugal.
04. a menção da existência de investidores metropolitanos, significa que a empresa colonial e a atividade de produção e exportação de açúcar resultaram de parcerias estabelecidas entre os interesses econômicos da Coroa lusa e de grupos integrantes de uma elite mercantil estabelecida em Portugal.
08. para obter sucesso na empresa açucareira em suas colônias na África e na América, Portugal contou com o apoio do governo inglês, que financiou a instalação de engenhos no Brasil.
16. a despeito dos esforços de Portugal de investir no plantio e na produção de açúcar no Brasil, o que de fato viabilizou a empresa colonial foram os lucros avultantes obtidos com o tráfico interno de índios brasileiros.
Dê, como resposta, a soma das alternativas corretas.
Questão 05 sobre Brasil Colônia Açúcar e Pecuária: UFR-RJ O quadro abaixo permite compreender a utilização da mão-de-obra escrava na atividade agropecuária no Brasil Colônia. Lendo-o atentamente, conclui-se que:
POSSE DE ESCRAVOS DE ACORDO COM A ATIVIDADE PRODUTIVA CAPITANIA DA PARAÍBA DO SUL – ANO DE 1785
Atividade Produtiva
Total de Produtores (Escravistas + outros)
Produtores (Escravistas)
Percentual de Produtores Escravistas
Total de Escravos
Número médio de escravos por propriedade
Donos de engenho
217
213
98%
7.352
35
Lavradores de cana
429
357
83%
2.196
6
Lavradores de mandioca
486
281
58%
1.311
5
Criadores de gado
69
29
42%
203
7
TOTAL
1.201
880
73%
11.062
13
Adaptado de REIS, Manoel Martins do Couto, Descrição Geográfica, política e cronológica do distrito de Campos do Goitacazes. Campos de Goitacazes, arquivo (particular) de Arthur Soffrati, 1785 (manuscrito).
a) a importância dos engenhos de cana-de-açúcar demonstrava-se na região do Paraíba do Sul pela maior utilização proporcional e total de escravos;
b) os lavradores de cana e mandioca detinham a maior parte das propriedades e dos escravos da região;
c) a região de Paraíba do Sul apresentava um baixo índice de trabalhadores escravos em relação ao total de mão-de-obra utilizada;
d) a atividade econômica da região estava centrada no plantio da mandioca com baixa utilização de trabalhadores escravos;
e) dos criadores de gado da região, a maioria usava escravos, mas em pouca quantidade comparada às outras atividades econômicas.
Questão 06. Unifor-CE No Brasil, a predominância da economia açucareira na vida colonial:
a) gerou um amplo mercado interno consumidor, abastecido com produtos originários de outras regiões brasileiras.
b) favoreceu o surgimento de uma ampla camada social intermediária entre os grandes proprietários de terra e os escravos.
c) decorreu da crise da economia portuguesa, resultantes dos gastos com a Guerra da Restauração.
d) gerou uma sociedade cujos valores dominantes estavam sedimentados na propriedade da terra e de escravo.
e) criou um núcleo de integração das atividades produtivas de todas as demais regiões brasileiras.
Questão 07 sobre Brasil Colônia Açúcar e Pecuária: UECE
“Tantas foram as formas que a família colonial assumiu, que a historiografia recente tem explorado em detalhe suas origens e o caráter das uniões, enfatizando-lhe a multiplicidade e especificidades em função das características regionais da colonização e da estratificação social dos indivíduos.” AGRANTI, Leila M. “Famílias e Vida Doméstica.” In: SOUZA, Laura de M. História da Vida Privada no Brasil. Vol.1: cotidiano e vida privada na América Portuguesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1997, p.87.
Sobre a organização familiar nas grandes propriedades açucareiras durante o período colonial, é correto afirmar que: a) os grandes proprietários constituíam núcleos familiares estáveis e restritos, onde os agregados não existiam nem os escravos podiam aproximar-se.
b) nas fazendas, em função do desenvolvimento tecnológico dos engenhos, reproduzia-se o modelo de família nuclear burguesa característico da Europa.
c) os escravos, pela localização das senzalas nas proximidades da casa grande, não constituíam relações familiares duradouras e/ou estáveis.
d) a família extensa, que incluía agregados e até escravos, era característica dos ricos proprietários das grandes fazendas de cana-de-açúcar.
Questão 08. (UFRRJ) “Coloquemo-nos naquela Europa anterior ao século XVI, isolada dos trópicos, só indireta e longinquamente acessíveis e imaginemo-la, como de fato estava, privada quase inteiramente de produtos que se hoje, pela sua banalidade, parecem secundários, eram então prezados como requintes de luxo. Tome-se o caso do açúcar, que embora se cultivasse em pequena escala na Sicília, era artigo de grande raridade e muita procura; até nos enxovais de rainhas ele chegou a figurar como dote precioso e altamente prezado.” (PRADO Jr., Caio. Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 1961.)
A colonização do Brasil, a partir do século XVI, permitiu à Coroa portuguesa usufruir das vantagens trazidas pelas riquezas tropicais. Caracterizam a economia colonial brasileira: a) O monopólio comercial, a monocultura de exportação, o trabalho escravo e o predomínio das grandes propriedades rurais.
b) O livre comércio, a indústria do vestuário, o trabalho livre e o predomínio das pequenas propriedades rurais.
c) O liberalismo econômico, o trabalho assalariado, a monocultura canavieira e o predomínio das grandes propriedades rurais.
d) O exclusivo colonial, o trabalho escravo, a exportação de ferro e aço e o predomínio das pequenas propriedades rurais.
e) O monopólio comercial, o trabalho assalariado, a produção para o mercado interno e o predomínio das grandes propriedades rurais.
Questão 09. (Elite) “O rápido desenvolvimento da indústria açucareira, malgrado as enormes dificuldades decorrentes do meio físico, da hostilidade do silvícola e do custo dos transportes, indica claramente o esforço do governo português em se concentrar nesse setor. O privilégio, outorgado ao donatário, de só ele fabricar moenda e engenho de água, denota ser a lavoura do açúcar a que se tinha especialmente em mira de introduzir. Favores especiais foram concedidos subsequentemente àqueles que instalassem engenhos: isenções de tributos, garantia contra a penhora dos instrumentos de produção, honrarias e títulos, etc. As dificuldades maiores, encontradas na etapa inicial, advieram da escassez de mão-de-obra. O aproveitamento do escravo indígena, em que aparentemente se baseavam todos os planos iniciais, resultou inviável na escala requerida pelas empresas agrícolas de grande envergadura que eram os engenhos de açúcar.” (FURTADO, C. Formação Econômica do Brasil, 1980.)
A cana-de-açúcar, desde o início da colonização brasileira, foi largamente plantada em solo brasileiro. Nos séculos XVI e XVII, produziu o açúcar, principal produto colonial da época. No século XX, a cana teve outras utilidades, sendo usada, inclusive, como alternativa à crise energética:
a) Identifique três características da economia colonial açucareira. b) Explique de que maneira a cana-de-açúcar foi usada como alternativa à questão energética.
Questão 10 sobre Brasil Colônia Açúcar e Pecuária: (Unifesp) Com relação à economia do açúcar e da pecuária no Nordeste durante o período colonial, é correto afirmar que:
a) por serem as duas atividades essenciais e complementares, portanto as mais permanentes, foram as que mais usaram escravos.
b) a primeira, tecnologicamente mais complexa, recorria à escravidão, e a segunda, tecnologicamente mais simples, ao trabalho livre.
c) a técnica era rudimentar em ambas, na agricultura por causa da escravidão, e na criação de animais por atender ao mercado interno.
d) tanto em uma quanto em outra, desenvolveram-se formas mistas e sofisticadas de trabalho livre e de trabalho compulsório.
e) por serem diferentes e independentes uma da outra, não se pode estabelecer qualquer tentativa de comparação entre ambas.
Gabarito com as respostas das atividades de História sobre o Brasil Colônia Açúcar e Pecuária:
01. A) A pecuária
B) Nos primeiros tempos do Período Colonial na América Portuguesa, a criação de gado bovino e asinino ocorreu, principalmente, no sertão nordestino para atender às demandas por alimentos e transporte de carga nos engenhos localizados na Zona da Mata.
Com o deslocamento do eixo econômico para o Centro-Sul da colônia, a pecuária, sobretudo o gado bovino, expandiu-se na região dos Pampas gaúchos, orientada para a exportação e para o abastecimento das Minas Gerais.
C) Na criação de rebanhos, predominava o trabalho livre, uma vez que o gado era criado em regime extensivo, o que inviabilizava o emprego do trabalho escravo.
02. C;
03. A) Na lavoura açucareira, empregava-se o trabalho escravo, na pecuária, predominava o trabalho livre de mestiços, negros e índios.
B) A sociedade do engenho caracterizou-se pela divisão simbolizada na “Casa-Grande e senzala”, constituída pela família do senhor de engenho que exercia total autoridade, alguns poucos trabalhadores livres e os escravos negros.
Complementarmente, a feição da sociedade era pautada pelo patriarcalismo, por uma ordem aristocrática e maior rigidez social.
Na sociedade do couro, os vaqueiros desfrutavam de relativa mobilidade social por receberem pagamentos em crias, experimentando um maior grau de flexibilização na organização social.
04. 06;
05. A;
06. D;
07. D;
08. A;
09. a) A predominância do latifúndio, da monocultura e da escravidão. O aluno também poderia citar a produção voltada para o mercado externo e a submissão ao pacto colonial. b) Na década de 1970, diante da crise do petróleo, foi desenvolvido o Pró-Álcool, programa do governo federal de incentivo à produção de álcool combustível.
Doutorando em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Mestre em Genética e Biologia Molecular – UESC-BA
Pós-Graduado em Metodologia do Ensino de Biologia e Química – FAEL
Licenciado em Ciências Biologias – IFMT/Campus Juína