Questão 01 sobre as Políticas do Brasil Império: (UFMG) Leia este texto:
Sigamos os passos da política centralizadora e veremos que é a centralização das luzes o seu complemento. A interpretação do ato adicional roubou às províncias o melhor do seu poder, reconcentrando na Corte a maior parte das atribuições das Assembléias. As reformas judiciárias avocaram para o mesmo centro a nomeação de quase todos os empregos judiciais. As províncias se acham pois já esgotadas de seus recursos; porque até se lhes tirou a administração da maior parte de seus rendimentos. Suas forças físicas, o recrutamento as
tem extenuado. Que faltava pois tirar-lhes? A instrução, o único apoio que lhes resta.
O ATHLETA, 16 set. 1843.
A partir das ideias contidas nesse trecho e considerando-se o contexto histórico do Brasil Imperial, é CORRETO afirmar que:
A) o restauracionismo, que congregava as classes médias urbanas, foi, durante esse período, um dos mais severos críticos do processo de centralização imposto pelo imperador.
B) a centralização do poder foi um dos instrumentos utilizados pela monarquia no sentido de tentar coibir os conflitos que haviam eclodido na primeira metade do século XIX.
C) o constitucionalismo das elites rurais advogava o fim da anarquia inicialmente vigente nas províncias, o que se faria a partir do controle das novas instituições educacionais.
D) o corporativismo influenciou diversas instituições na primeira metade do século XIX – como o Exército e a escola, ambos em processo de progressiva profissionalização.
Questão 02. (UNESP–2008) As estradas de ferro paulistas dos séculos XIX e XX dirigiam-se para as regiões do interior do estado. Sua importância para o complexo econômico cafeeiro e para o desenvolvimento de São Paulo pode ser vista sob múltiplos aspectos. O cultivo do café e as ferrovias provocaram mudanças ambientais em várias regiões paulistas, porque:
A) as estradas de ferro formavam redes no interior das matas e permitiam o acesso do capital norte-americano à exploração e à exportação de madeiras para o mercado europeu.
B) a economia cafeeira foi responsável pela predomínio da agricultura de subsistência sobre as áreas florestais, e as locomotivas levaram à exploração do carvão mineral no planalto paulista.
C) o emprego nos cafezais de defensivos agrícolas contaminava as nascentes de água e as ferrovias favoreciam a fixação de pequenas propriedades nas áreas agrestes.
D) as locomotivas eram movidas a vapor, cujo combustível era a madeira, e os cafezais, por esgotarem o solo, exigiam a incorporação de novas terras para o plantio.
E) a expansão da frente pioneira devastava as matas e abria grandes reservas de territórios e de terras agricultáveis para os indígenas.
Questão 03 sobre as Políticas do Brasil Império: (PUC Minas–2010) Segundo Sérgio Silva: No começo da segunda metade do século XIX, a produção de café toma proporções muito importantes: a cifra se aproxima de 3 milhões de sacas em média por ano. A partir da década de 1870, e sobretudo a partir de 1880, quando a produção média anual ultrapassa os 5 milhões de sacas, o café torna-se o centro motor do desenvolvimento do capitalismo no Brasil.
SILVA, Sérgio. A expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil.
Pode-se apontar como fator responsável por esse aumento de produtividade:
A) o aporte de grande capital internacional para o financiamento da safra.
B) a diminuição da produção colombiana de café provocada por problemas climáticos.
C) o uso intensivo de trabalho escravo na produção e beneficiamento do café.
D) o crescimento dos mercados externos consumidores do produto, o que estimulou o crescimento da produção interna.
Questão 04. (UFMG) Auguste de Saint Hilaire, naturalista francês, realizou inúmeras andanças pelo Brasil entre 1816 e 1822. De volta à França, ao publicar seus relatos de viagem, afirmou, intrigado, que “havia um país chamado Brasil, mas absolutamente não havia brasileiros”.
Considerando-se essa reação de Saint Hilaire e as dificuldades que marcaram a definição da identidade brasileira, é CORRETO afirmar que elas se explicam porque:
A) o grande número de índios, negros e mestiços fazia com que a população brasileira não fosse capaz de formular um projeto de emancipação política.
B) a baixa densidade populacional do país, que, resolvida com a vinda dos imigrantes estrangeiros, gerou a sensação de que essa população não seria, de fato, brasileira.
C) o processo de construção de uma nação brasileira foi dificultado pela força das identidades regionais formadas durante a colonização portuguesa.
D) a Independência foi uma conquista dos portugueses, especialmente os comerciantes estabelecidos no Brasil, o que dificultou a afirmação da cidadania dos brasileiros.
A) A ampla disponibilidade de terras férteis e a ausência de obstáculos políticos e jurídicos para ocupá-las.
B) A edição da Lei de Terras de 1850, que intensificou a mercantilização das terras, encarecendo-as.
C) A abolição do tráfico negreiro, em 1850, que liberou capitais para investimentos em outros setores dinâmicos de economia.
D) O afluxo de crescentes contingentes de imigrantes europeus para as regiões em expansão.
E) A gradativa abolição do trabalho escravo e a ênfase crescente no trabalho assalariado.