Lista com 10 atividades de Língua Portuguesa sobre Pronomes para o ir bem no Enem, Vestibular e Concurso Público!
Questão 01 com Exercícios sobre Pronomes: (Enem) “Arquitetara-se assim: para confirmar a verdadeira morte do marido, ela desceria ao salão. Provocaria Dito Mariano e o seduziria a pontos de água e boca. envergaria os antigos e arrojados vestidos de que ele tanto se aprazia. Perfumar-se-ia dos incensos que ele tanto sorvera. Assim se certificaria se se tratava ou não de irreversível e definitivo falecimento.”
COUTO, Mia. um rio chamado tempo, uma casa chamada terra. Lisboa: Caminho, 2002. p. 129.
ATENÇÃO!!! O Gabarito encontra-se no final da página!!!
No período “Assim se certificaria se se tratava ou não de irreversível e definitivo falecimento”, a regra de colocação pronominal que justifica a próclise do “se” em negrito é:
A) Advérbios possuem função atrativa.
B) Pronomes relativos possuem função atrativa.
C) Pronomes indefinidos possuem função atrativa.
D) Pronomes oblíquos possuem função atrativa.
E) Conjunções possuem função atrativa.
Questão 02. (Enem) As citações de Clarice Lispector, a seguir, apresentam elementos de coesão de diversas naturezas. A transcrição que apresenta somente conjunção(ões) é:
A) “O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.”
B) “É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar.”
C) “E ao que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano.”
D) “Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.”
E) “Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.”
(ITA-SP–2010). instrução: As questões de 03 a 08 referem-se ao texto seguinte:
Foi tão grande e variado o número de e-mails, telefonemas e abordagens pessoais que recebi depois de escrever que família deveria ser careta, que resolvi voltar ao assunto, para alegria dos que gostaram e náusea dos que não concordaram ou não entenderam (ai da unanimidade, mãe dos medíocres). Atenção: na minha coluna não usei “careta” como quadrado, estreito, alienado, fiscalizador e moralista, mas humano, aberto, atento, cuidadoso. Obviamente empreguei esse termo de propósito, para enfatizar o que desejava.
Houve quem dissesse que minha posição naquele artigo é politicamente conservadora demais. Pensei em responder que minha opinião sobre família nada tem a ver com postura política, eu que me considero um animal apolítico no sentido de partido ou de conceitos superados, como “a esquerda é inteligente e boa, a direita é grossa e arrogante”. Mas, na verdade, tudo o que fazemos, até a forma como nos vestimos e moramos, é altamente político, no sentido amplo de interesse no justo e no bom, e coerência com isso.
E assim, sem me pensar de direita ou de esquerda, por ser interessada na minha comunidade, no meu país, no outro em geral, em tudo o que faço e escrevo (também na ficção), mostro que sou pelos desvalidos. Não apenas no sentido econômico, mas emocional e psíquico: os sem auto-estima, sem amor, sem sentido de vida, sem esperança e sem projetos.
O que tem isso a ver com minha idéia de família? Tem a ver porque é nela que tudo começa, embora não seja restrito a ela. Pois muito se confunde família frouxa (o que significa sem atenção), descuidada (o que significa sem amor), desorganizada (o que significa aflição estéril) com o politicamente correto. Diga-se de passagem que acho o politicamente correto burro e fascista.
Voltando à família: acredito profundamente que ter filho é ser responsável, que educar filho é observar, apoiar, dar colo de mãe e ombro de pai, quando preciso. e é também deixar aquele ser humano crescer e desabrochar. Não solto, não desorientado e desamparado, mas amado com verdade e sensatez. Respeitado e cuidado, num equilíbrio amoroso dessas duas coisas. Vão me perguntar o que é esse equilíbrio, e terei de responder que cada um sabe o que é, ou sabe qual é seu equilíbrio possível. Quem não souber que não tenha filhos.
Também me perguntaram se nunca se justifica revirar gavetas e mexer em bolsos de adolescentes. eventualmente, quando há suspeita séria de perigos como drogas, a relação familiar pode virar um campo de graves conflitos, e muita coisa antes impensável passa a se justificar. Deixar inteiramente à vontade um filho com problema de drogas é trágica omissão.
Assim como não considero bons pais ou mães os cobradores ou policialescos, também não acho que os do tipo “amiguinho” sejam muito bons pais. Repito: pais que não sabem onde estão seus filhos de 12 ou 14 anos, que nunca se interessaram pelo que acontece nas festinhas (mesmo infantis), que não conhecem nomes de amigos ou da família com quem seus filhos passam fins de semana (não me refiro a nomes importantes, mas a seres humanos confiáveis), que nada sabem de sua vida escolar, estão sendo tragicamente irresponsáveis. Pais que não arranjam tempo para estar com os filhos, para saber deles, para conversar com eles… não tenham filhos. Pois, na hora da angústia, não são os amiguinhos que vão orientá-los e ampará-los, mas o pai e a mãe – se tiverem cacife. O que inclui risco, perplexidade, medo, consciência de não sermos infalíveis nem onipotentes. Perdoem-me os pais que se queixam (são tantos!) de que os filhos são um fardo, de que falta tempo, falta dinheiro, falta paciência e falta entendimento do que se passa – receio que o fardo, o obstáculo e o estorvo a um crescimento saudável dos filhos sejam eles.
Mães que se orgulham de vestir a roupeta da filha adolescente, de freqüentar os mesmos lugares e até de conquistar os colegas delas são patéticas. Pais que se consideram parceiros apenas porque bancam os garotões, idem. Nada melhor do que uma casa onde se escutam risadas e se curte estar junto, onde reina a liberdade possível. Nada pior do que a falta de uma autoridade amorosa e firme.
O tema é controverso, mas o bom senso, meio fora de moda, é mais importante do que livros e revistas com receitas de como criar filho (como agarrar seu homem, como enlouquecer sua amante, etc.). É no velhíssimo instinto, na observação atenta e na escuta interessada que resta a esperança. Se não podemos evitar desgraças – porque não somos deuses –, é possível preparar melhor esses que amamos para enfrentar seus naturais conflitos, fazendo melhores escolhas vida afora.
LUFT, Lya. Veja, 06 Jun. 2007.
A) mostrar que a família careta, orientadora e observadora, é a família ideal.
B) estabelecer comparação entre a família careta e a família não careta.
C ) destacar que na família não careta não se encontra educação responsável e séria.
D) mostrar que a família careta mantém viva suas características de autoritarismo e amor.
E) destacar que a família não careta está fora de moda, porque não prepara os filhos para a vida futura.
A) “Houve quem dissesse que minha posição naquele artigo é politicamente conservadora demais.” (2º§)
C) “Também me perguntaram se nunca se justifica revirar gavetas e mexer em bolsos de adolescentes.” (6º§)
D) “Pois, na hora da angústia, não são os amiguinhos que vão orientá-los e ampará-los, mas o pai e a mãe – se tiverem cacife.” (7º§)
E) “O que inclui risco, perplexidade, medo, consciência de não sermos infalíveis nem onipotentes.” (7º§)