A Expansão Marítima e Comercial Europeia 13 Questões Respondidas

Questão 01 sobre a Expansão Marítima e Comercial Europeia: (UNESP SP/2010) A propósito da expansão marítimo comercial europeia dos séculos XV e XVI pode-se afirmar que

a) a igreja católica foi contrária à expansão e não participou da colonização das novas terras.
b) os altos custos das navegações empobreceram a burguesia mercantil dos países ibéricos.
c) a centralização política fortaleceu-se com o descobrimento das novas terras.
d) os europeus pretendiam absorver os princípios religiosos dos povos americanos.
e) os descobrimentos intensificaram o comércio de especiarias no mar Mediterrâneo.


Questão 02. (Fatec 2013) As caravelas foram um grande avanço tecnológico no fnal do século XV. Graças a elas, foi possível realizar viagens de longa distância de forma eficiente. Centenas de homens embarcaram nas caravelas dos descobrimentos. Alguns buscavam enriquecimento rápido, outros, oportunidade de difundir a fé em Cristo. Estes homens eram atraídos pela aventura, porém as surpresas nem sempre eram agradáveis. Nas embarcações, proliferavam doenças e a alimentação era precária.
(Revista de História da Biblioteca Nacional, setembro de 2012, p.22-25. Adaptado)

Sobre a época descrita no texto e considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que as viagens nas caravelas:
a) foram realizadas no contexto da expansão do mercantilismo europeu, visando também à ampliação do catolicismo.

b) não pretendiam descobrir novos territórios, apenas estabelecer rotas para aventureiros e marginalizados da sociedade.

c) tinham como principal objetivo retirar as populações muçulmanas da Península Ibérica, após as Guerras de Reconquista.

d) eram feitas em condições precárias, pois eram clandestinas, ou seja, eram realizadas sem o consentimento das Coroas europeias.

e) não ocorriam em condições apropriadas, embora a maior parte dos tripulantes das caravelas pertencesse à nobreza feudal.


Questão 03 sobre a Expansão Marítima e Comercial Europeia: (UFRN 2013) O fragmento textual seguinte se refere a uma característica de sociedades africanas em épocas anteriores à expansão marítima e comercial europeia. A forma como uma sociedade organiza a distribuição dos bens que produz ou adquire revela muito do caráter desta sociedade, de seus valores, usos e costumes. No caso das sociedades de linhagens da África negra, todo o sistema social estava baseado nas esferas da reciprocidade e da distribuição, como forma de garantir a coesão social do grupo. Os velhos guardam a experiência e o conhecimento dos costumes. Assim, não era uma sociedade dirigida pelos mais produtivos e dinâmicos (como na lógica capitalista) e, sim, pelos que guardavam a tradição e o saber mágico.
(SILVA, Francisco C. T. da. Conquista e colonização da América portuguesa. In: LINHARES, Maria Yedda (Org.). História geral do Brasil. Rio de Janeiro: Elsevier, 1990. p. 48. [Adaptado])

Ao estabelecer uma comparação entre a organização social expressa no fragmento e as sociedades africanas exploradas pelos europeus à época das Grandes Navegações, é correto afirmar:
a) A organização da sociedade de linhagens sofreu mudanças a partir da generalização do comércio escravista promovida por interesses mercantilistas na África.

b) A existência prévia da escravidão na África possibilitou a manutenção da sociedade de linhagens, sem transformações sociais significativas.

c) O papel social desempenhado pelas lideranças nativas permaneceu inalterado apesar da ampla divulgação do cristianismo entre os povos africanos.

d) O conquistador europeu encarava a organização societária de linhagens como uma ameaça à sua dominação e, por isso, subjugou inicialmente os anciãos.


Questão 04. (UEM PR/2010) Identifique o que for correto sobre as descobertas territoriais de portugueses e espanhóis na América, no início da Idade Moderna.

01. O Tratado de Tordesilhas, firmado na última década do século XV, foi um acordo que assegurava a Portugal e Espanha a posse de novos territórios que viessem a ser descobertos.

02. Naquele contexto, os dois países – Portugal e Espanha – foram severamente criticados pelo papado por se lançarem ao mar à procura de terras desconhecidas.

04. O sucesso das descobertas no início da Idade Moderna se deve aos investimentos privados, pois tanto os reis da Espanha, como os reis de Portugal não se interessavam por empreendimentos marítimos.

08. As riquezas encontradas na América pelos primeiros navegadores contrastavam com a decadência do comércio dos produtos oriundos do Oriente.

16. As viagens e os descobrimentos marítimos se relacionam ao Renascimento científico do século XV.


Questão 05 sobre a Expansão Marítima e Comercial Europeia: (Uff 2010)

A DESCOBERTA DA AMÉRICA E A BARBÁRIE DOS CIVILIZADOS

– A conquista da América pelos europeus foi uma tragédia sangrenta.Aferro e fogo! Era a divisa dos cristianizadores. Mataram à vontade, destruíram tudo e levaram todo ouro que havia. Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisa idêntica com os incas, um povo de civilização muito adiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse ao imperador inca que o papa havia dado aquele país aos espanhóis e ele viera tomar conta. O imperador inca, que não sabia quem era o papa, ficou de boca aberta, e muito naturalmente não se submeteu. Então Pizarro, bem armado de canhões conquistou e saqueou o Peru. – Mas que diferença há, vovó, entre estes homens e aquele Atila ou aquele Gengis-Cã que marchou para o ocidente com os terríveis tártaros, matando, arrasando e saqueando tudo?

– A diferença única é que a história é escrita pelos ocidentais e por isso torcida a nosso favor.

Vem daí considerarmos como feras aos tártaros de Gengis-Cã e como heróis com monumentos em toda parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A verdade, porém, manda dizer que tanto uns como outros nunca passaram de monstros feitos da mesmíssima massa, na mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu pirâmides enormes com cabeças cortadas aos prisioneiros. Vasco da Gama encontrou na Índia vários navios árabes carregados de arroz, aprisionou-os, cortou as orelhas e as mãos de oitocentos homens da equipagem e depois queimou os pobres mutilados dentro dos seus navios.
(Monteiro Lobato, História do mundo para crianças. Capítulo LX)

O texto de Monteiro Lobato expressa a dificuldade de definirmos quem é civilizado e quem é bárbaro. Mas isso à parte, pensando a atuação europeia nos séculos XVI e XVII nas áreas americanas, um número razoável dessas visões equivocadas justificou o avanço espanhol e a destruição dos astecas, maias e incas explicados por:
a) necessidades sociais impostas pelas características culturais do território espanhol e pela presença muçulmana que limitava as condições de enriquecimento da monarquia, levando à conquista da América e à constituição de uma base política iluminista.

b) necessidades religiosas decorrentes da perda de poder da Igreja Católica frente ao avanço das reformas protestantes e das alianças com as potências ibéricas para estabelecer o Império da Cristandade, baseado na Escolástica.

c) necessidades políticas oriundas das tensões na Península Ibérica que levaram a Espanha a organizar o processo de conquista do Novo Mundo como única alternativa para sua unidade política, utilizando para isso o apoio do Papado e da França de Francisco I.

d) necessidades econômicas provenientes da divisão do território espanhol, fruto da diversidade cultural e étnica, e das disputas pelo poder entre Madri e Barcelona, ampliadas pelas vitórias portuguesas na África e na Ásia e pelo desenvolvimento da economia do açúcar no Brasil.

e) necessidades econômicas, políticas e religiosas dos recém centralizados estados modernos, através do mercantilismo metalista que inundou a Europa de prata e de ouro, levando em seguida a uma revolução nos preços, que provocou inflação, e o avanço de novas formas de desenvolvimento da agricultura.


Questão 06.  (UFU) “Colombo não estava tão longe de certas concepções correntes durante a Idade Média a cerca da realidade física do Éden, que descresse de sua existência em algum lugar do globo. E nada o desprendia da ideia (…) de que precisamente as novas Índias, para onde o guiara a mão da Providência, se situavam na orla do Paraíso Terreal.(…) A tópica das ‘visões do paraíso’ impregnatodas as suas descrições daqueles sítios de magia e lenda.”
(Sérgio Buarque de Holanda. “Visão do paraíso”)

A partir da interpretação do trecho acima, assinale a alternativa correta.
a) Colombo, conforme a mentalidade própria de sua época, acreditava na existência do Paraíso Terrestre, na sua localização nas novas terras descobertas, e que ele havia sido levado para bem perto desse Paraíso, por vontade de Deus.

b) O paraíso terrestre é um mito medieval cuja presença nas novas terras descobertas, na era das grandes navegações atlânticas do século XV e XVI, é evocada apenas como uma metáfora.

c) Colombo não acreditava no Paraíso Terrestre, mas só pôde compreender a novidade da América comparando-a ao Paraíso.

d) A América era um território cujas condições naturais e riquezas lembravam metaforicamente um paraíso, porém as colonizações espanhola e portuguesa destruíram seu aspecto paradisíaco.


Questão 07. (FUVEST) “Antigamente a Lusitânia e a Andaluzia eram o fm do mundo, mas agora, com a descoberta das Índias, tornaram-se o centro dele”. Essa frase, de Tomás de Mercado, escritor espanhol do século 16, referia-se:

a) ao poderio das monarquias francesa e inglesa, que se tornaram centrais desde então.
b) à alteração do centro de gravidade econômica da Europa e à importância crescente dos novos mercados.
c) ao papel que os portos de Lisboa e Sevilha assumiram no comércio com os marajás indianos.
d) ao fato de a América ter passado a absorver, desde então, todo o comércio europeu.
e) ao desenvolvimento da navegação a vapor, que encurtava distâncias.


Questão 08 sobre a Expansão Marítima e Comercial Europeia: (PUC RS/2010) Considere o texto abaixo, de G. F. Oviedo, historiador espanhol, publicado em 1555.

“O almirante Colombo encontrou, quando descobriu esta Ilha Hispaniola, um milhão de índios e índias (…) dos quais (…) não creio que estejam vivos no presente ano de 1535, quinhentos. (…) Alguns fizeram esses índios trabalhar excessivamente. Outros não lhes deram nada para comer (…). Além disso, as pessoas dessa região são naturalmente tão inúteis, corruptas, de pouco trabalho, melancólicas, covardes, sujas, de má condição, mentirosas, sem constância e firmeza (…). Vários índios, por prazer e passa-tempo, deixam-se morrer por veneno para não trabalhar. (…) eu acreditaria antes que Nosso Senhor permitiu, devido aos grandes, enormes e abomináveis pecados dessas pessoas selvagens, rústicas e animalescas, que fossem eliminadas e banidas da superfície terrestre”.
(Apud ROMANO, Ruggiero. Mecanismos da conquista colonial. SP: Perspectiva, 1973, p. 76)

Considerando o contexto histórico, pode-se afirmar que Oviedo expressa uma das visões sobre os povos americanos típicas de sua época, marcadas pelo
a) evolucionismo.
b) experimentalismo.
c) fisiocratismo.
d) europocentrismo.
e) naturalismo.


Questão 09. (UNIFESP) “Se como concluo que acontecerá, persistir esta viagem de Lisboa para Calecute, que já se iniciou, deverão faltar as especiarias às galés venezianas e aos seus mercadores”.
(“Diário de Girolamo Priuli”. Julho de 1501)

Esta afirmação evidencia que Veneza estava:
a) tomada de surpresa pela chegada dos portugueses à Índia, razão pela qual entrou em rápida e acentuada decadência econômica.

b) acompanhando atentamente as navegações portuguesas no Oriente, as quais iriam trazer prejuízos ao seu comércio.

c) despreocupada com a abertura de uma nova rota pelos portugueses, pois isto não iria afetar seu comércio e suas manufaturas.

d) impotente para resistir ao monopólio que os portugueses iriam estabelecer no comércio de especiarias pelo Mediterrâneo.

e) articulando uma aliança com outros estados italianos para anular os eventuais prejuízos decorrentes das navegações portuguesas.


Questão 10 sobre a Expansão Marítima e Comercial Europeia: (UERJ) “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Este era o lema dos antigos navegadores, pois embarcar nos navios da rota das índias ou do Brasil, entre os séculos XV e XVI, era realmente uma aventura. Uma das explicações para o pioneirismo português nessa aventura marítima é:

a) o espírito de Cruzada, resultante da presença de uma burguesia mercantil à procura de terras.

b) o processo de reconquista do território português, em decorrência do Guerra dos Cem Anos contra a França.

c) a constituição da primeira monarquia absolutista dos tempos modernos, em virtude da aliança entre a nobreza e a Coroa portuguesas.

d) a integração do país ao circuito do grande comércio europeu, com a criação de novas rotas entre as cidades italianas e o norte da Europa.


Questão 11. (UNIFESP) Antes deste nosso descobrimento da Índia, recebiam os mouros de Meca muito grande proveito com o trato da especiaria. E assim, o grande sultão, por mor dos grandes direitos que lhe pagavam. E assim também ganhava muito Veneza com o mesmo trato, que mandava comprar a especiaria a Alexandria, e depois a mandava por toda a Europa. (Fernão Lopes de Castanheda, “História do descobrimento e conquista da Índia pelos portugueses” (1552-1561), citado por Inês da Conceição Inácio e Tânia Regina de Luca, “Documentos do Brasil Colonial”. SP: Ática, 1993, p. 19.)

O texto refere-se:
a) à união política e militar entre venezianos e mouros, contrários às navegações portuguesas.
b) à chegada dos navegantes portugueses à Índia, comprovando empiricamente a esfericidade da Terra.
c) ao enriquecimento do grande sultão muçulmano, às custas do empobrecimento das cidades italianas.
d) ao deslocamento do comércio lucrativo de especiarias da região do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico.
e) ao projeto de expansão marítima da coroa portuguesa, preocupada em difundir a fé cristã.


Questão 12. (UEL) Para compreender a expansão marítima nos séculos XV e XVI, é necessário considerar a importância da cartografa. Sobre o tema, é correto afirmar que os cartógrafos representaram o mundo:

a) Valendo-se de conhecimentos acumulados e transmitidos por meio da filosofa, da astronomia e da experiência concreta.

b) Desconhecendo o valor político de sua arte de cartografar para os rumos da rivalidade castelhano-portuguesa.

c) Ignorando a hagiografia medieval e as crenças na existência de monstros marinhos e de correntes de ventos nos oceanos.

d) Confirmando os conhecimentos estáticos sobre o planeta, resultantes da observação direta dos espaços desconhecidos.

e) Anotando nos mapas pontos geográficos, longitudes e latitudes com exímia precisão, em função dos eficazes instrumentos de navegação.


Questão 13 sobre a Expansão Marítima e Comercial Europeia: (FEI) O processo de expansão marítima da Península Ibérica iniciou-se ainda nos fins da Idade Média. A Espanha, ainda dividida e tendo parte de seu território ocupado pelos mouros “andou atrás” de Portugal. Podemos afirmar que foram fatores decisivos do pioneirismo português em termos expansionistas EXCETO:

a) o processo de centralização política e administrativa precoce do país, a partir da Revolução de Avis.
b) a presença de uma nobreza fortalecida que, a partir dos impostos feudais, propiciou o capital necessário à empreitada expansionista.
c) a formação de quadros preparados para as grandes aventuras marítimas na Escola de Sagres.
d) o contato e o aproveitamento da cultura moura por parte dos portugueses.
e) o incentivo governamental à expansão.


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Gabarito com as respostas das atividades de História Mundial sobre a Expansão Marítima e Comercial Europeia:

01. c;

02. a;

03. a;

04. (17);

05. e;

06. a;

07. b;

08. d;

09. b;

10. d;

11. d;

12. a;

13. b

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