Questão 01 sobre a Política e Sociedade da República Oligárquica: (Mackenzie-SP–2010) A prática política baseada na troca de favores e em interesses pessoais, destituída de caráter programático-partidário, que deixa de lado até mesmo as concepções ideológicas e os princípios gerais básicos, é caracterizada como fisiologismo.
Elza Nadai e Joana Neves
Desde o período conhecido como República Velha (1889-1930) até hoje, a política brasileira é imensamente marcada pela prática fisiológica. Tal presença é evidenciada, ao longo da nossa história republicana:
A) nas alianças político-eleitorais, quando o objetivo de ganhar as eleições supera o compromisso partidário e ideológico, levando a acordos que privilegiam interesses particulares.
B) nas negociações predominantemente pacíficas, entre o eleitorado brasileiro e os chefes políticos nacionais, estaduais e federais, baseadas no patriarcalismo e no coronelismo.
C) sobretudo após a confirmação, pela Constituição de 1988, do voto censitário, favorecendo o sistema de troca de favores pessoais entre os cidadãos e seus representantes, em todos os níveis de poder.
D) nas negociações violentas que ainda se manifestam nas regiões mais industrializadas do Brasil, durante o período eleitoral, entre os chefes políticos locais e os seus eleitores, constrangidos por jagunços.
E) na predominância de uma política nacional que, ainda hoje, possui bases familiares e rurais, sempre em defesa dos interesses nacionais e visando à autonomia do país.
Questão 02. (FGV-SP) A década de 1920 foi marcada por uma intensa movimentação político-cultural com desdobramentos decisivos para a história brasileira. Diversos são os exemplos dessa movimentação, EXCETO:
A) A chamada Reação Republicana, que aglutinou representantes das oligarquias do Rio Grande do Sul, da Bahia, de Pernambuco e do Rio de Janeiro e lançou Nilo Peçanha à Presidência em 1922.
B) O chamado Tenentismo, que reuniu militares nacionalistas e reformistas aglutinados na Coluna Prestes-Miguel Costa e que percorreu grande parte do território brasileiro até 1927.
C) A fundação do Partido Comunista do Brasil em 1922 por militantes oriundos do anarquismo, entusiasmados com as notícias sobre o sucesso da Revolução Bolchevique na Rússia.
D) O Movimento Modernista, que teve, na Semana de Arte Moderna de 1922, um dos principais momentos da expressão da chamada “antropofagia cultural” que o caracterizava.
E) A ampliação do eleitorado brasileiro com a concessão do direito de voto às mulheres e aos analfabetos, o que permitiu a emergência de líderes carismáticos nos principais centros urbanos.
Questão 03 sobre a Política e Sociedade da República Oligárquica: (PUC Rio–2008) Quando determinou, em 1904, a abertura da Avenida Central – atualmente Avenida Rio Branco –, no Centro, a primeira via pensada para os automóveis, o prefeito Pereira Passos dificilmente teria imaginado que o Rio, em algum momento, abrigaria dois milhões de veículos. Naquela época, a cidade tinha pouco mais de dez carros, todos eles na Zona Sul. Um século depois, a Avenida Rio Branco registra um movimento de mais de 40 500 veículos todos os dias.
O GLOBO, 2 set. 2007.
O texto apresenta uma das transformações ocorridas no Rio de Janeiro ao longo do século XX. Acerca de seus significados e consequências, é CORRETO afirmar que:
I. representou, no setor dos transportes, mudança causadora do progresso e da integração de diversos bairros e regiões da cidade.
II. concretizou, por iniciativa dos dirigentes governamentais, o projeto de equiparar a cidade, capital da República até 1960, aos padrões de desenvolvimento internacional.
III. ocasionou, em função da ausência de planejamento sistemático, desequilíbrios entre a expansão urbana e o atendimento às demandas por transportes coletivos.
B) Atuação das camadas sociais populares, como na cidade do Rio de Janeiro, que desenvolviam atividades culturais como o futebol e o samba.
C) Oposição de parcela significativa da população carioca à vacinação obrigatória, à nomeação de um interventor estadual e à nacionalização do petróleo.
D) Resistência de populares às reformas urbanas do governo municipal carioca que pretendia expulsar do centro da cidade as “classes perigosas”, constituídas, entre outros, pelos moradores dos cortiços considerados insalubres pelas autoridades públicas.